Em um comunicado no Twitter, o presidente nacional do PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), Roberto Jefferson, disse que o partido expulsou a deputada federal Luísa Canziani (PR).
Pelo comunicado feito, Jefferson disse que ela teria tentado fazer uma gravação secreta de uma reunião de um ministro para ser exibida em um dos programas da Rede Globo. Em entrevista ao portal UOL, a deputada negou as acusações.
Segundo escreveu Jefferson no seu perfil no Twitter, gravar um Ministro do Estado secretamente é um crime. Ele ainda disse que reprovar o suposto ato da parlamentar Luísa Canziani.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou que estava nessa reunião e foi avisado que a parlamentar estava carregando um equipamento de gravação.
Jefferson ainda compartilhou um print de um tuíte de abril da parlamentar, em que Canziani faz duras críticas ao PTB, comparando o partido a uma “seita”, e disse que a deputada já não respeitava as diretrizes do partido há muito tempo.
Ainda, Jefferson disse que foram rompidas quaisquer ligações entre a deputada e o partido e que eles não têm nenhuma responsabilidade sobre seus atos.
Em uma nota enviada ao portal UOL, Canziani nega a acusação feita pelo presidente da legenda. Segundo ela, não gravou e nem gravaria nenhuma reunião sem a devida permissão.
Canziani ainda disse que quem acompanha sua trajetória sabe muito bem que ela tem respeito pelos colegas. Ela ainda esclarece que é do diálogo e que as coisas que faz sempre são às claras.
Deputado Eduardo Bolsonaro estava na reunião
Em entrevista ao canal Terça Livre no YouTube, o deputado federal e filho do presidente da República, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), afirmou que a suposta gravação teria acontecido em uma reunião com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, que estava pautando o projeto de lei sobre o homeschooling” —no Twitter, Roberto Jefferson disse que a reunião era com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
O parlamentar ainda disse que ele mesmo verificou que Canziani portava um transmissor, que estava aparecendo numa parte da calça da deputada. Eduardo então a interpelou na frente dos presentes —na mesa estariam 12 parlamentares federais e ministro da Educação— e perguntou se ela carregava algum equipamento de transmissão.
Segundo Eduardo, Canziani teria respondido que participava de uma gravação para o programa "Profissão Repórter", da Rede Globo, e que o programa estava acompanhando a parlamentar durante duas semanas.
O deputado afirma que recomendou ao ministro, imediatamente, que terminasse a reunião e que aquela era uma postura “inadmissível”. Eduardo ainda teria dito que não se pode entrar numa reunião com um ministro ou outros parlamentares e carregar um transmissor.