Aconteceu nesta segunda-feira (28) o lançamento do Plano Safra 2021/2022, em Brasília. O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e ministros participaram da cerimônia de lançamento do programa, que prevê a destinação de R$ 135 bilhões para o crédito rural.

Paulo Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, discursou no evento e destacou a força da agronegócio nacional. "É incontornável a vocação brasileira para ser o celeiro do mundo. Eu acho que a pandemia, na verdade, demonstrou para o mundo a vocação brasileira. O Brasil já sabe da força do agronegócio, já sabe da sua competitividade, aliás, esse ano nós vamos lançar um outro desafio também, que é por essa corrida, pela primeira vez o agronegócio passou a própria indústria de transformação.

O Brasil tinha 25% de produção industrial e ao longo dos anos nós fomos sendo desindustrializados lentamente, o que é ruim para o país. Agora, o setor agro brasileiro desafiou a baixa qualidade das políticas econômicas e afirmou a sua vantagem comparativa no cenário mundial. O Brasil realmente avançou contra todas as tempestades, todos os desastres político-econômicos, sobrevalorização de câmbio, juros altos, tudo isso", disse.

Financiamento público

Paulo Guedes ressalta a importância da ajuda do estado na parceria com o homem do campo. "E aí eu passo ao meu segundo ponto, que é o seguinte, como é que essa vocação incontornável brasileira de produtividade no campo, de ser realmente o celeiro do mundo, uma potência agrícola, como é que isso foi possível?

E é inegável que a sustentação disso foi o Banco do Brasil", apontou.

Para o ministro, a otimização da parceira estado e produtor foi aperfeiçoada com o decorrer dos anos. "Eu digo muitas vezes até reclamando de coisas que aconteceram no passado. Por exemplo, nosso financiamento agrícola era baseado em emissão de moeda. No final do Governo militar a inflação foi subindo em cima da teoria que 'vamos dar mais crédito para o campo que a comida vai ficar barata'.

E, na verdade, a comida foi ficando mais cara e a inflação subindo. Por que isso? Tentamos apoiar a produtividade e a competitividade brasileira, irreversível, que é essa vocação do campo, mas fazendo o financiamento na base do orçamento monetário. Então, o Banco do Brasil expandia o seu crédito sem ter o financiamento adequado.

Foi um enorme desafio. Chegar, agora, a uma supersafra de trezentos milhões de toneladas com uma vocação que todo mundo reconhece, que o Brasil virou o celeiro do mundo, como é que isso foi possível? Com muita modernização no financiamento", elogiou.

O valor despedido pelo governo para crédito rural, de R$ 135 bilhões, é 17% maior que o destinado na safra anterior.