Constantemente alvo de pedidos de impeachment e mais recentemente de manifestações que eclodem pelas ruas do país, Bolsonaro se vê isolado e acuado para disputar o pleito eleitoral em 2022. O atual presidente viu seu apoio popular diminuir consideravelmente durante o mandato e as críticas ao Legislativo e ao Judiciário, bem como as constantes ameaças às eleições de 2022, têm minguado os números do atual chefe do Executivo.
Durante um passeio de moto pela capital federal, Bolsonaro se mostrou bastante preocupado com atual cenário eleitoral. "Se eu perder o apoio popular, acabou", disse o presidente a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.
Durante o passeio de moto e as conversas com apoiadores, diversas manifestações foram registradas em cidades pelo Brasil, pedindo o impeachment do presidente, apontado como um dos principais culpados pelo caos vivido no país em meio à pandemia do coronavírus. Segundo apurações, mais de 400 atos foram registrados em todos os estados, ganhando o nome de 24JContraBolsonaro.
Bolsonaro tem queda de popularidade
As diversas críticas às políticas públicas do Governo federal e com sua administração na mira da CPI da Covid no Senado, Bolsonaro tem apresentado constantes quedas em sua popularidade. De acordo com a pesquisa encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), em parceria firmada com o Instituto MDA, divulgada no início de julho, revela a queda do apoio popular ao atual presidente.
De acordo com a pesquisa, a avaliação positiva ao governo (considerando gestão ótima ou boa) foi de 33%, no mês de fevereiro de 2020, para 27,7% em julho do corrente ano. A queda brusca tem a pior avaliação da gestão de Bolsonaro desde o mês de janeiro de 2019, quando assumiu o cargo no executivo.
Além da pesquisa CNT/DNA, a última rodada do Datafolha mostra que 51% dos entrevistados avaliam a administração do atual presidente como ruim ou péssimo.
No mês de maio, por outro lado, a pesquisa registrava 45% de avaliação negativa ao presidente. Os que consideram regular, no mês de maio, somam apenas 24%, enquanto, em maio, este número era de 30%.
Por fim, os que avaliam o governo Bolsonaro como ótimo são apenas 24%, um índice apontado como estável, mostrando que a parcela de apoio a Bolsonaro segue intacta.
Contudo, de acordo com o levantamento, 59% não votariam de jeito algum no atual presidente novamente, enquanto, em maio, o número era 5% menor. Ou seja, a perda de popularidade de Bolsonaro já é considerada real.