Neste sábado (24), diversas entidades e associações promoveram manifestações contra o Governo de Jair Bolsonaro. As principais reivindicações são o impeachment do presidente e a ampliação da vacinação para os brasileiros. Não é de se assustar com organização de tais eventos, tendo em vista que a popularidade do líder do poder Executivo Federal tem caído e atingiu níveis superiores a 60% ainda neste mês, de acordo com pesquisa do Poder360.

Além disso, Bolsonaro está ameaçado por investigações da CPI da Pandemia. A Comissão havia sido instaurada por vontade de senadores e objetiva investigar omissões do poder público durante sua atuação no combate à pandemia da Covid-19.

Os parlamentares, entretanto, chegaram a diversas inconsistências nas atitudes do presidente e membros do Governo Federal, envolvendo o atraso na comunicação com fabricantes de vacinas, como a Pfizer. A farmacêutica americana chegou a enviar mais de 100 emails ao Ministério da Saúde e ficou por um longo período sem respostas.

Contrário ou a favorável às vacinas?

Desde a deflagração da pandemia provocada pela Covid-19, o presidente e representantes de sua ala ideológica protestaram contra a China, acusando-a de ter criado o coronavírus de forma proposital. O que obviamente afetou as relações diplomáticas com a potência asiática, que é a principal parceira econômica do Brasil atualmente.

Ainda em 2020, o até então ministro da Saúde general Eduardo Pazuello chegou a fechar um acordo de compra de doses da Coronavac com o Instituto Butantan, a vacina chinesa seria fabricada no Brasil pelo órgão do Governo de São Paulo e as doses seriam aplicadas em todos os estados e Distrito Federal.

Contudo, logo após esse anúncio, Bolsonaro disse que o acordo não seria fechado e declarou diversas vezes desconfiar da vacina e negar sua aplicação.

O problema com as vacinas se torna mais profundo com a CPI da Pandemia, que descobriu recentemente através dos irmãos Miranda, um é deputado e outro servidor do Ministério da Saúde.

Eles declaram aos parlamentares da Comissão que encontraram irregularidades na aquisição das vacinas Covaxin, da índia.

De acordo com os depoentes, haveria um esquema de propina na compra dos imunizantes que envolviam representantes do famoso Centrão, grupo político que atualmente se encontra aliado com o governo e é famoso por trocar apoio político por cargos de importância.

Bolsonaro, também foi delatado por sua ex-cunhada, que em áudio afirmou existir um esquema de rachadinhas, assim como o de seu filho Flávio Bolsonaro, no gabinete do atual presidente quando este ainda era parlamentar do Congresso Nacional.

Tais agravantes auxiliam na degradação da imagem do bolsonarista, que tem visto as intenções de voto para sua candidatura cair drasticamente. Ele chegou a alegar fraudes nas eleições de 2022, e membros do governo já ameaçaram a realização das eleições presidenciais do próximo ano.

Protestos pedem 'Fora Bolsonaro'

É a quinta vez que as ruas se enchem de manifestantes pedindo o impeachment de Jair Bolsonaro, e as principais capitais do país registraram atos e concentrações de pessoas pedindo o fim do governo Bolsonaro.

Dentre elas, Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP) e Salvador (BA). Bolsonaro está ameaçado de derrota nas eleições de 2022, umas vez que Lula tem crescido nas mais diversas pesquisas eleitorais e tem chance de derrotar o capitão ainda em primeiro turno.