O escritor Olavo de Carvalho veio para o Brasil para se internar no InCor (Instituto do Coração), que é ligado ao Hospital das Clínicas, no estado de São Paulo. Desde o dia 8 de julho ele segue internado, sem previsão de alta, tendo chegando ao local com infecção urinária.

Olavo chegou com bastante diarreia, seguida de uma anemia e com um sangramento nas vias urinárias. Os primeiros exames mostraram uma infecção forte causada por bactérias. Com essa infecção, Olavo teve que colocar uma sonda vesical, que é um pequeno tubo que entra na uretra e vai até a bexiga para fazer sair a urina.

Nesse processo, foi preciso chamar uma equipe de oncologistas para fazer uma investigação e saber se o problema de Olavo não poderia ser um câncer da bexiga, já que esse tipo de infecção também é ligado aos tumores que se formam na região.

A equipe médica também encontrou uma infecção na corrente sanguínea e, por isso, há uma investigação para rastrear uma chance de ele ter endocardite. A endocardite é doença grave que pode atingir a parte de dentro do coração. Olavo foi operado e passa bem, e, segundo funcionários, está sorridente e calmo.

Críticas da falta de informação

Por Olavo de Carvalho ser um grande apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ter opiniões bastante polêmicas, várias criticas levaram deputados e internautas a questionarem quem teria financiado a vinda do escritor e se ele “furou” a fila do SUS (Sistema Único de Saúde).

O deputado estadual José Américo (PT-SP) está questionando quem estaria por trás da vinda de Olavo ao Brasil e quem teria financiado sua internação no InCor –que é ligado ao Hospital das Clínicas. O parlamentar chegou a mandar um documento ao secretário da saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn. Américo ainda faz a indagação se Olavo teria recebido algum tratamento privilegiado.

Olavo de Carvalho é um apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro e mora no estado norte-americano da Virgínia desde 2005. A volta do escritor ao Brasil gerou polêmica entre os usuários das redes sociais, que resgataram publicações em que o escritor faz duras críticas aos métodos da USP e ao SUS (Sistema Único de Saúde).