Jair Bolsonaro atualmente é o presidente da República. Tal função exige muito para que os brasileiros sejam governados de forma solene, seus direitos garantidos e suas necessidades sanadas conforme as leis. Jair Bolsonaro, entretanto, demonstra há muito tempo antes de sua eleição em 2018, alinhamento com ideologias autoritárias e contra minorias raciais, por exemplo, ataque a indígenas, quilombolas e outros setores mais vulneráveis da população.
Entretanto, Jair Bolsonaro também parece possuir um lado ainda mais obscuro, cuja descoberta de uma pesquisadora parece confirmar. A antropóloga Adriana Dias é uma pesquisadora e considerada "caçadora de nazistas" por atuar contra os atuais defensores da ideologia alemã que torturou e matou milhares de pessoas devido a sua orientação religiosa, o judaísmo. Adriana busca sites na internet que contêm defensores e apoiadores neonazistas. Ela salva cópias das publicações e todo o conteúdo desses portais e pede sua remoção da rede para impedir que tais grupos aumentem ou ganhem relevância.
Carta de Bolsonaro: prova de apoiador neonazista
Segundo informações publicadas pelo site The Intercept Brasil, em uma dessas buscas, a antropóloga se deparou com um texto feito por Bolsonaro e publicado por gerenciadores de um site de adeptos ao neonazismo, corrente política que defende o nazismo mesmo após a descoberta das atrocidades implementadas pelo regime do Terceiro Reich comandado por Adolf Hitler. Adriana estranhou que a publicação não tenha sido feita em outros locais, mas apenas em redes de apoio ao neonazismo. O documento encontrado é de 2004, época em que Bolsonaro ainda era um deputado.
'Vocês são a existência do meu mandato', disse Bolsonaro
Na mensagem enviada pelo atual presidente aos gerenciadores dos sites, Jair Bolsonaro diz que seu mandato é dedicado para aquela comunidade, no caso, a rede de neonazistas que se comunicam e interagem através desses portais de apoio ao já acabado regime do governo alemão de Hitler.
O The Intercept buscou obter os emails enviados através do gabinete do então deputado para saber se a mensagem foi realmente enviada por Bolsonaro. No entanto, o acesso a estes dados só pode ocorrer com decisão judicial, já que as mensagens dos parlamentares não pode ser obtida pela Lei de Acesso à Informação.
Bolsonaro já elogiou o regime que viveu a Alemanha no século passado, bem como se encontrou recentemente com a neta de um dos ministros do governo de Adolf Hitler.