Fernando Haddad (PT) conversou, nesta quinta-feira (7), com a equipe da Caraguá TV, órgão de comunicação do interior de São Paulo. Ele é pré-candidato ao Governo paulista.

Liderança nas pesquisas

Segundo pesquisa do Instituto Paraná divulgada nesta semana, o petista lidera a disputa eleitoral no estado com 30% das intenções de voto. Em segundo, aparece Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 19%, seguido por Márcio França (PSB), que tem 17%. O atual governador Rodrigo Garcia (PSDB) aparece com 9% no levantamento. Os demais candidatos não atingem 2% das intenções de voto.

Polêmica com concorrente

Tarcísio de Freitas, ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL), segundo colocado nas pesquisas, se viu envolto em polêmica em relação ao seu domicílio eleitoral. Para disputar as Eleições em São Paulo, o pré-candidato deve informar um endereço na unidade da federação. Tarcísio assim o fez, dizendo morar em São José dos Campos. Contudo, segundo reportagem da Folha de São Paulo, não há ninguém residindo no endereço informado pelo ex-ministro.

Haddad comentou o fato na entrevista dessa quinta-feira.

"Eu acho um pouco (estranho). Primeiro vou fazer uma ressalva aqui. Já vi gente falando: 'Isso é xenofobia!'. Eu sou filho de imigrante. Meu pai era agricultor no Líbano e vivia do que produzia na terra.

No lote de terra da família. Até os 24 anos trabalhou no que a gente chama de roça. Veio para São Paulo e foi acolhido como se fosse um filho da terra, porque São Paulo tem essa característica, recebe todo mundo bem", disse.

Para o petista, o concorrente devia começar por outros cargos, antes de querer comandar São Paulo.

"Imagina uma tribo indígena que receba um visitante.

Aí pergunta para ele: 'Você quer nos ajudar? Quer trabalhar no quê?' (A pessoa responde) 'Eu quero ser o cacique!'. É isso que tá acontecendo. A pessoa tá mudando agora para cá e quer ser o cacique. Será que não tem um tempo que ele pudesse colaborar como deputado, como vereador, como senador? Já quer mandar em tudo. Eu acho estranho uma pessoa sem raízes aqui, já chegar com essa pretensão. Mas, a lei permite, é um direito dele", argumentou.