Senadora pelo Mato Grosso do Sul, Simone Tebet foi confirmada pelo MDB para disputa à Presidência da República em 2022. A convenção ocorreu de forma virtual na última quarta-feira (29).

Nesta sexta-feira (29), a candidata foi entrevistada pelo programa "Pânico", da rádio paulista Jovem Pan.

Tebet tenta se firmar como opção na chamada “terceira via” nas Eleições. De acordo com pesquisa Datafolha divulgada nessa quinta-feira (28), ela aparece na quarta posição, com 2% das intenções de votos. Ainda segundo a pesquisa, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 47%, Jair Bolsonaro (PL) 29% e Ciro Gomes é o terceiro com 8%.

Os demais candidatos não alcançaram 1% na pesquisa.

Polarização

Simone Tebet começou comentando as desavenças que ocorrem dentro dos partidos políticos, inclusive dentro do MDB, onde alguns membros chegaram a contestar sua candidatura.

"Os partidos políticos, hoje, representam a cara do Brasil. Um Brasil polarizado. Um Brasil dividido. Brasil comandado pelo ódio, pelas diferenças, e não é diferente nos partidos", disse.

A senadora também falo sobre o ambiente político "quente" nesse período pré-campanha. "A polarização não é ruim. O problema é como é feita essa polarização. A gente lamentavelmente tem retrocessos nessa questão. Uma delas é a própria fake news. Isso afasta as pessoas de bem a fazer política", pontou.

Ambiente tóxico

Ainda segundo a candidata, esse ambiente da política bastante hostil afasta cidadãos com boas intenções. "Eu sou professora universitária, eu falo que é minha verdadeira vocação. Eu dei aula doze anos nas faculdades de Direito e naquela época eu via a juventude querer fazer política. Hoje, o jovem não quer participar da vida pública. [O jovem pensa:] 'Imagina, vou fazer política para apanhar nas redes sociais?'. Então, isso é muito grave", opinou.