Na segunda-feira (12) o presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) foi entrevistado por um pool de podcasts que contava com: Luciano Subirá, Luma Elpidio, Positivamente, Felipe Vilela, Hub e Dunamis. Na entrevista, o mandatário declarou que se arrepende de ter feito certas declarações no período mais crítico da pandemia de Covid-19 no Brasil.

Segundo Bolsonaro, ele deu o que chamou de “aloprada” e disse que a razão disso foi porque a imprensa sempre tocava no assunto com a intenção de o tirar do sério. Ele ainda alegou que está arrependido de ter dito que não era coveiro no começo da pandemia.

Ele continuou o seu pedido de desculpa dizendo que lamenta ter dado a declaração, pois é chefe de Estado, e que não iria falar novamente aquilo. A fala de Bolsonaro aconteceu no mês de abril de 2020, quando foi questionado sobre as 300 mil pessoas que já haviam perdido a vida por causa do coronavírus até então.

É bem conhecida também a fala do ocupante do Palácio da Alvorada que comparou a Covid-19 a uma “gripezinha”. O número de mortos pela Covid-19 já se aproxima de 700 mil mortos. Ainda que alegue estar arrependido das declarações insensíveis sobre a doença, mesmo assim Bolsonaro ainda saiu em defesa da cloroquina. Sem citar o nome do medicamento, ele afirmou que tomou o remédio quando foi contaminado pelo Sars-Cov-2.

Ele disse que não iria falar o nome do remédio para que a transmissão não saísse do ar.

Voto feminino

A campanha eleitoral de Bolsonaro tem enfrentado grande dificuldade em conseguir o voto feminino, então o atual presidente da República tem mirado neste público. Ele continuou o seu nada convincente pedido de desculpa por outra declaração dada, desta vez por algo que não estava relacionado ao coronavírus: ele também se desculpou por ter dito que o nascimento de sua filha mais nova aconteceu porque ele teria dado uma “fraquejada”.

Em suas últimas lives, Bolsonaro tem tentado agradar o público evangélico e também as mulheres. Para isso ele tem contado com o apoio da primeira dama Michelle Bolsonaro, uma tentativa de convencer os evangélicos e as mulheres das boas intenções de Jair Bolsonaro.