Neste domingo (2), o Brasil foi às urnas para o primeiro turno das Eleições que vão definir o próximo presidente do país, além de governadores, senadores, deputados estaduais e federais. O dia foi marcado por filas nos colégios eleitorais, justificadas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) pelo "comparecimento em massa" da população para exercer o direto ao voto, além do novo sistema de biometria. Também foi apontado falta da "cola" dos números dos candidatos escolhidos.

Segundo reportagem do portal UOL, apesar de a entrada nos locais de votação terem fechado às 17h, ainda havia após esse horário pessoas aguardando para ir à urna.

Em algumas seções os eleitores levaram cerca de duas horas para votar.

"As filas representam que o eleitor está em peso indo votar, o que é excelente, e de outro lado temos a dificuldade da biometria associada à falta daquela solicitação que fizemos da cola, a anotação dos candidatos. Estamos percebendo que o eleitor se atrapalha na hora de colocar o número do candidato", disse o presidente do TRE-RJ, Elton Leme.

Substituições de urnas eletrônicas também contribuíram para as filas. Por exemplo, em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, um total de 508 urnas foram substituídas por problemas técnicos.

Em números gerais, mais de 156 milhões de cidadãos brasileiros estão aptos a votar nas eleições 2022, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

As urnas foram abertas em todo o país às 8h (horário de Brasília). Esta é a primeira vez em que os horários de abertura e fechamento das seções eleitorais em todo o território nacional seguem o horário de Brasília. Por exemplo, no Acre, as urnas abriram às 6h e fecharam às 15h, para coincidirem com os outros locais de votação no país.

O motivo, segundo o TSE, é agilizar a apuração.

Lula x Bolsonaro

Com 99,99% das urnas apuradas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece em primeiro lugar, com 48,43% dos votos válidos (o que equivale a mais de 57,2 milhões de votos). Logo atrás aparece o atual presidente e candidato à releição, Jair Bolsonaro (PL), com 43,20% (cerca de 51,1 milhões de votos).

A candidata Simone Tebet (MDB) ficou em terceiro lugar, com 4,16% (4,9 milhões), e Ciro Gomes (PDT) ficou em quarto, com 3,04% (3,6 milhões). Lula e Bolsonaro irão agora disputar o segundo turno, marcado para ocorrer no último domingo deste mês, dia 30.

Resultados pelo país

Nas disputas para governador, além do Distrito Federal, onde Ibaneis Rocha (MDB) foi reeleito, outros 14 estados da federação já definiram o resultado neste domingo.

Acre: Gladson Cameli (PP), 56,75%

Amapá: Clécio (Solidariedade), 53,69%

Ceará: Elmano de Freitas (PT), 54,02%

Goiás: Ronaldo Caiado (União Brasil), 51,81%

Maranhão: Carlos Brandão (PSB), 51,29%

Mato Grosso: Mauro Mendes (União Brasil), 68,45%

Minas Gerais: Romeu Zema (Novo), 56,18%

Pará: Helder Barbalho (MDB), 70,41%

Paraná: Ratinho Jr.

(PSD), 69,64%

Piauí: Rafael Fonteles (PT), 57,17%

Rio de Janeiro: Cláudio Castro (PL), 58,67%

Rio Grande do Norte: Fátima Bezerra (PT), 58,31%

Roraima: Antonio Denarium (PP), 56,47%

Tocantins: Wanderlei Barbosa (Republicanos), 58,14%

Segundo turno para governador

Outros 12 estados terão segundo turno para decidir quem irá chefiar seus Executivos pelos próximos anos.

Alagoas: Paulo Dantas (MDB) e Rodrigo Cunha (União Brasil)

Amazonas: Wilson Lima (União Brasil) e Eduardo Braga (MDB)

Bahia: Jerônimo Rodrigues (PT) e ACM Neto (União Brasil)

Espírito Santo: Renato Casagrande (PSB) e Manato (PL)

Mato Grosso do Sul: Capitão Contar (PRTB) e Reinaldo Azambuja (PSDB)

Paraíba: João Azevêdo (PSB) e Cássio Cunha Lima (PSDB)

Pernambuco: Marilia Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB)

Rio Grande do Sul: Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB)

Rondônia: Coronel Marcos Rocha (União Brasil) e Marcos Rogério (PL)

Santa Catarina: Jorginho Mello (PL) e Décio Lima (PT)

São Paulo: Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Fernando Haddad (PT)

Sergipe: Rogério Carvalho (PT) e Fábio Mitidieri (PSD)