Segundo informações divulgadas pelo colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, o filho 01 do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL), falou a aliados próximos que se arrependeu de ter saído em defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL) depois de a parlamentar ter perseguido um apoiador de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O caso ocorreu no dia 29 de outubro, um dia antes do segundo turno da eleição.

De acordo com Gadelha, Flávio Bolsonaro recebeu informações de que o caso prejudicou o desempenho do pai nas urnas.

Até o sábado (28), a campanha de Bolsonaro se encontrava em um bom momento e estava tentando manchar a imagem de Lula com a divulgação das declarações do ex-presidente de que MEI não pode ser considerado emprego formal. Entretanto, o cenário favorável teria se invertido.

No Twitter, o senador compartilhou o vídeo da parlamentar bolsonarista em que ela alegava que havia sido empurrada pelo homem que ela perseguiu e que o impacto havia feito com que ela se ferisse. Na legenda, Flávio escreveu que queria ver quem é que iria defender a agressão de uma mulher e ainda disse que iriam cair muitas máscaras.

Mentira

Mais tarde, outro vídeo foi publicado nas redes socais, e nas imagens ficou provado que a versão contada por Carla Zambelli foi uma mentira, pois foi ela que tropeçou sozinha e acabou caindo.

Não aconteceu nenhuma agressão física por parte do homem que estava apoiando Lula. Enquanto o filho mais velho de Jair Bolsonaro estava defendendo a parlamentar, a maioria dos membros da campanha do presidente Jair Bolsonaro preferiu agir nos bastidores para tentar distanciar o assunto de Bolsonaro.

Erros

Antes do caso envolvendo Carla Zambelli, o comitê de Jair Bolsonaro já havia avaliado que três grandes erros poderiam comprometer o resultado das urnas.

O primeiro deles foi a fala do atual ocupante do Palácio da Alvorada sobre ter “pintado um clima” com meninas menores de idade venezuelanas.

O assunto foi parar nas páginas dos jornais, manchetes de portais de notícias da internet, nas redes sociais e em outros veículos de comunicação. O assunto ficou em evidência por 3 dias e a campanha de Bolsonaro avaliou como um erro o vídeo gravado por ele pedindo desculpas às meninas.

Posto Ipiranga

Outro grave problema foi provocado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que divulgou seu plano de desindexar o salário mínimo e as aposentadorias da inflação. O assunto gerou munição para o rival de Bolsonaro na reta final da campanha.

Aliado

O terceiro grande problema foi o caso Roberto Jefferson. O ex-deputado federal do PTB resistiu a um mandado de prisão e recebeu os agentes da Polícia Federal à bala. O presidente Bolsonaro manifestou-se no período da noite, 7 horas após o incidente, criticando a atitude do aliado. Bolsonaro ainda se solidarizou com os agentes federais, entretanto, mentiu ao afirmar não haver fotografias dele com Jefferson.