O presidente Lula e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, conversarão em breve sobre a guerra entre Ucrânia e Rússia. Segundo informações publicadas pela CNN Brasil, fontes do Itamaraty informaram que a data da conversa ainda será agendada pelos governos das duas nações. O anúncio ocorre em meio à expectativa de que a Assembleia Geral da ONU aprove na próxima semana uma sugestão brasileira de processo de pacificação entre os dois países do continente europeu.

No último sábado (18), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, participou da Conferência de Segurança em Munique, na Alemanha, onde conversou com o chanceler ucraniano.

Vieira também se encontrou diretamente com o chefe de defesa e diplomacia da União Europeia, além de ter se encontrado com seus pares de 18 países.

Segundo informações obtidas pela CNN junto a fontes do Itamaraty, Vieira tratou durante suas reuniões na Conferência de Segurança em Munique da posição de liderança do Brasil na busca por uma negociação entre Rússia e Ucrânia para a pacificação do conflito no leste europeu. De acordo com as fontes, todos os seus pares manifestaram interesse no papel que o Brasil poderia desempenhar no processo. Além disso, durante as conversas, o Governo brasileiro foi elogiado pela ação tomada pelo presidente Lula contra o ataque golpista ocorrido em 8 de janeiro, bem como pelo comprometimento com o combate ao garimpo ilegal na região amazônica, que é uma das principais preocupações em relação ao meio ambiente.

Crise na Rússia e Ucrânia é antiga

A crise entre Ucrânia e Rússia teve início em 2014, quando as forças russas anexaram a península da Crimeia, que pertencia à Ucrânia. O episódio agravou ainda mais as tensões entre os dois países, que já estavam em conflito por diferenças políticas e históricas. Desde então, a região do leste da Ucrânia, próxima à fronteira com a Rússia, tem sido palco de conflitos entre as forças ucranianas e separatistas pró-russos, causando a morte de milhares de pessoas e deslocando muitas outras.

A situação tem gerado preocupações em nível internacional, com a União Europeia e os Estados Unidos impondo sanções econômicas à Rússia e tentando mediar a resolução do conflito. As tensões entre os dois países continuam altas e a comunidade internacional teme que uma nova escalada do conflito possa ter graves consequências não só para a Ucrânia e a Rússia, mas para a região como um todo.