Na iminência da 15ª cúpula do grupo Brics, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou que a ampliação do bloco econômico é uma das principais questões a serem abordadas durante o encontro que acontecerá em Joanesburgo. Em uma entrevista exclusiva concedida ao jornal britânico Sunday Times, Lula discutiu os temas centrais da cúpula, incluindo a busca por uma nova governança global e a reforma das instituições multilaterais, além das discussões voltadas para a expansão do próprio Brics.
Mais países interessados em aderir ao grupo
O cenário atual conta com 22 nações que manifestaram interesse em aderir ao Brics, entre elas destacam-se nações como Argentina, Arábia Saudita, Cuba, Irã e Venezuela. Essa iniciativa ressalta a crescente importância do bloco econômico no contexto internacional e sua capacidade de influenciar políticas globais.
Durante a entrevista, o presidente Lula enfatizou a importância de fortalecer as relações entre o Brasil e os países africanos. Ele expressou otimismo quanto à colaboração do Brics com as nações africanas, visando a promoção de um desenvolvimento robusto e inclusivo no continente.
Lula reforçou o compromisso do bloco em criar um ambiente que estimule cooperação e crescimento sustentável, demonstrando uma perspectiva de parceria mais ampla.
Entretanto, um acontecimento que se destaca é a ausência do presidente da Rússia, Vladimir Putin, na cúpula. A ausência de Putin é atribuída a um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional, que alega supostos crimes de guerra na Ucrânia. Lula lamentou a ausência do líder russo, observando que temas de vital importância, como a paz e o combate à desigualdade, mereceriam discussões diretas entre os chefes de Estado. Ele expressou o desejo de poder discutir pessoalmente com Putin durante o evento, enfatizando o valor da interação pessoal nesses debates cruciais.