Jonathan Fagundes Ramos, de 23 anos, mais um suspeito de participar da morte da família Gonçalves, cujos corpos foram encontrados carbonizados, entregou-se na manhã desta segunda-feira (10), em uma delegacia da cidade de Praia Grande, no litoral de São Paulo. Ele é irmão de Juliano Oliveira Ramos Junior e primo de Carina Ramos, que já estavam presos.

Além de Jonathan, Juliano e Carina, também estão presos Guilherme Ramos da Silva e Anaflávia Gonçalves, filha do casal Flaviana e Romuyuki, e irmã do adolescente Juan Victor, que foram mortos. Os corpos foram encontrados carbonizados no veículo em chamas na manhã de 28 de janeiro, na estrada do Montanhão, em são Bernardo do Campo, a seis quilômetros da residência da família.

De acordo com informações passadas pela Polícia Civil, Jonathan disse que estava escondido na casa de sua mãe, que mora na cidade. Ele se apresentou por volta das 7h20, dizendo que estava cansado de fugir e por isso resolveu se entregar. Ele tinha um mandado de prisão temporária, que havia sido expedido no último dia 6.

Todos os suspeitos negaram participação na morte da família e disseram que apenas pretendiam cometer um roubo, do qual a pena é menor.

Depoimento de Anaflávia

O programa "Fantástico", da Rede Globo, exibiu neste domingo uma reportagem sobre o caso, com trechos de depoimentos dos suspeitos. Anaflávia disse que Jonathan sofreu queimaduras quando ateou fogo nos corpos das vítimas, que estavam encharcados de gasolina.

“Deu a explosão, ele se queimou inteiro, ficou todo queimado mesmo”, relatou a filha do casal assassinado.

Ainda de acordo com a reportagem, durante os 40 minutos em que prestou depoimento, Anaflávia em nenhum momento demostrou arrependimento e detalhou friamente o que aconteceu na noite do crime.

Plano era roubar a família

No depoimento, Anaflávia disse que o plano inicial era assaltar a casa de seus pais.

Então eles combinaram que os três homens invadissem a casa e fizessem os familiares reféns, além de Carina e a própria Anaflávia.

Juliano e Guilherme relataram em seus depoimentos que houve uma mudança no curso dos planos após o pai dizer que não sabia a senha do cofre, Carina sugeriu que ele ou o filho fosse morto para pressionar Flaviana a falar.

Eles disseram ainda que foi Carina quem matou Romuyuki e Juan por asfixia. Anaflávia e Carina, no entanto disseram que estavam em outro cômodo e não presenciaram as mortes.

Juliano disse ainda que a mulher foi morta por Carina na estrada em que o carro com os corpos foi incendiado, fato que é negado pela suspeita.

Anaflávia e Carina moravam juntas e a relação com a família morta estremeceu após o carro que Anaflávia ganhou de presente ter sido transferido para o nome de Carina.