Na noite de terça-feira (4), o policial que aparece em um vídeo agredindo uma mulher grávida de cinco meses foi afastado de suas atividades na Polícia Militar (PM). O agente da lei foi identificado como sendo Wesley Viana dos Santos, de 34 anos, de acordo com o que foi apurado pelo site UOL.
A suposta agressão ocorreu na terça-feira (4). Ele foi flagrado imobilizando de forma violenta a mulher. O caso ocorreu na rua 19, do bairro de Santo Antônio, na cidade de São José do Rio Preto, que fica por volta de 490 quilômetros da capital paulista.
A mulher levou um tapa no rosto e ainda teve sua barriga pressionada pelo joelho do policial Wesley Viana e ela também foi enforcada.
Testemunhas presentes no local pediram para que o policial a liberasse, por causa da gravidez da mulher, mas o policial não deu ouvido aos apelos das pessoas.
'Verme'
O policial afirmou à Polícia Civil que a mulher o xingou de "filho da p..." e de "verme". Ele continuou sua declaração afirmando que ao se aproximar da grávida, ela o teria agredido com um soco no peito, desta maneira, houve a necessidade de “técnicas policiais e força para jogá-la ao solo”.
Afastamento
A reação do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), veio por meio de seu Twitter para recomendar o afastamento do PM, pois existe um protocolo que deve ser cumprido e as imagens indicam que houve um procedimento inadequado do policial, afirmou o governador.
Doria ressaltou o apreço que tem pela Polícia Militar de São Paulo, que em suas palavras, é a melhor do Brasil, porém garantiu que irá condenar “excessos” e “violência desnecessária”.
A PM já abriu inquérito policial militar sobre esta ocorrência. Ressalto meu respeito à Polícia Militar do Estado de SP, a melhor do BR, mas não deixarei de condenar excessos e violência desnecessária.
— João Doria (@jdoriajr) February 4, 2020
A PM declarou para o site UOL que além de ser afastado, foi instaurado um IPM (Inquérito Policial Militar) que irá investigar o caso.
A corregedoria está investigando a ocorrência, a Ouvidoria das Polícias de São Paulo também está acompanhando as investigações. Benedito Marino, o ouvidor, garantiu que irá solicitar por meio de oficio que a Corregedoria assuma as investigações do caso.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) divulgou nota informando que o 17° Batalhão da Polícia Militar do Interior determinou que o policial seja afastado imediatamente da corporação após ter sido flagrado agredindo uma mulher grávida que havia resistido à prisão.
A SSP também informou que a mulher foi encaminhada para receber atenção médica em uma unidade de saúde local.
Filmagem
Uma testemunha disse que a mulher foi contida porque, durante a ação dos policiais militares de abordar um suspeito de tráfico de drogas, os agentes da lei desconfiaram que a grávida estivesse filmando. Porém, a atitude de filmar a ação policial não infringe nenhuma lei.