Desde as suas origens, a Filosofia elegeu o questionamento como um de seus principais métodos. No entanto, o espanto, a admiração, a dúvida, a lógica, a dialética, foram aos poucos se juntando aos estudos filosóficos, e dependendo do filósofo, da época e do contexto, alguns desses métodos tiveram bastante sucesso, outros nem tanto.

A principal preocupação do conhecimento filosófico é questionar e encontrar respostas racionais para determinadas questões, mas não necessariamente comprovar algo. Dessa forma, a importância do questionamento no processo filosófico vem da máxima socrática de que “o homem sábio pergunta, enquanto o homem ignorante responde”.

Neste sentido, pode-se afirmar que este modelo de conhecimento é especulativo.

Por outro lado, a dialética parece ser aquele método capaz de agregar os esforços mais lúcidos dos filósofos. Para o filósofo e poeta francês, Gaston Bachelard (1884-1962), “A dialética consiste num processo de apurar quem está com a verdade”. Assim, dentro desse universo de coisas, tangíveis e intangíveis, que podem ser pensadas e interpretadas pela mente humana, os filósofos elegem, em primeiro lugar, à vida como sendo um dos maiores problemas filosóficos de todos os tempos. Depois, e não menos importante, eles elegem o homem, o tempo, a morte, o conhecimento e deus.

A vida

A palavra vida tem um conceito bastante amplo e pode ter vários significados.

Dependendo do contexto onde ela é inserida, pode significar “estado de atividade incessante comum aos seres organizados”; “período que decorre entre o nascimento e a morte”; “o momento da existência na linha do tempo”. Portanto, à vida é uma questão que desde sempre instiga a mente humana e continua a desafiar os estudos mais avançados do mundo.

Ainda sobre o significado da palavra vida, uma vez um pesquisador perguntou a um sábio: “O que é a vida para você?”. E ele respondeu, prontamente: “A vida é uma sala de tortura, da qual somente sairemos mortos”. Em seguida, o pesquisador fez a mesma pergunta à esposa do sábio. Ela respondeu: “A vida é saber segurar o guarda-chuva quando chove”.

Portanto, uma pessoa que acredita que a vida é uma tortura não está errada, pois se é isso que ela pensa isto é o que a vida é para ela. Com efeito, se uma pessoa diz que o melhor é levar uma vida boa, é ver a vida cor-de-rosa, também essa pessoa não estar errada, pois a vida é feita de problemas e soluções, encontros e desencontros, opiniões e desilusões, cores e sabores.

Sob todos os pontos de vista, o certo é que à vida não é um ensaio como no teatro. A vida é única, e só se vive uma vez. E você jamais terá outra oportunidade de viver este momento. O amanhã pode ser muito tarde para ser feliz. O importante é o agora, o momento presente. Por isso, não se pode perder tempo com coisas insignificantes.

É melhor levar uma vida boa; ser feliz. E uma vida boa e feliz, segundo os epicuristas, é a moderação, a ética, a virtude.

Em suma, para ser feliz não é preciso fazer nenhuma extravagância, experimentar alguma substância, pelo contrário, as ideias mais simples são as mais fortes. Uma atitude sábia e sensata que se tem sobre a vida é perceber que todo o conhecimento adquirido sobre o assunto é insignificante e provisório. Que é apenas o início de uma nova caminhada. Caminhemos, enfim, rumo ao sentido e significado da vida!