No último sábado (26), um homem de 21 anos foi preso pela Polícia Civil no Rio de Janeiro suspeito de violentar e engravidar uma menina de apenas 13 anos. A Justiça expediu um mandado de prisão e os agentes policiais encontraram o homem em Rio das Flores, onde conseguiram efetuar a prisão.
Acusação
O suspeito é acusado de ter ofertado bebidas alcoólicas à vítima durante uma festa que ocorreu no início deste ano. Após deixar a adolescente alcoolizada, ele teria abusado dela em plena rua. As informações são da 92ª DP do município de Rio das Flores.
A mãe da menina a encontrou em um estado lamentável. Ela estava nua e alcoolizada. A equipe da polícia relatou que a vítima também estava machucada. O homem foi violento e agressivo durante o abuso, apontou a investigação.
Após o abuso violento, a menina foi encaminhada para atendimento psicológico especializado e também segue acompanhada por um médico.
Aborto
A legislação brasileira permite que a gestação seja interrompida em apenas três casos:
- quando a gestação oferece risco à vida da gestante;
- quando o feto é anencéfalo (desenvolveu sem cérebro);
- quando a gestante engravidou através de abuso sexual.
Apesar da legislação permitir que a vítima de 13 anos realize o procedimento, a família informou ao delegado responsável pelo caso, Rodolfo Atala, da 92ª DP, que decidiu não interromper a gestação, apesar da forma que o feto foi gerado e da pouca idade, a vítima prosseguirá com a gestação.
Records
O ano de 2020 vem sendo marcado fortemente com casos semelhantes ao da menina de Rio das Flores. Apesar da impressão de que os abusos sexuais contra crianças estão aumentando consideravelmente, acredita-se que a única coisa que mudou é o alcance e a proporção que casos como este estão tomando.
O aborto e a gestação em crianças vêm sendo fortemente debatido nas redes sociais e bastante divulgado pela mídia.
Apesar da incerteza entre o real aumento de casos ou de visibilidade, este ano o que bateu um recorde nada agradável foi o fato de ser o maior número de abusos desde de 2007, quando os estudos iniciaram.
Os números, que já são desagradáveis por si só, representam o desrespeito com as mulheres no Brasil, que acabam se tornando mais graves, quando os registros mostram que não apenas as mulheres, mas também as nossas crianças não têm mais seu corpo respeitado.
Segundo os registros oficiais da CAOP, a maioria das vítimas de abuso são crianças de até 13 anos. Os números marcam 53,8% dos casos.