Em 2016, a editora Darkside, especializada em livros de suspense, lançou "Bom dia, Verônica". O livro já apresentava na capa um mistério. Quem era a autora da obra, Andrea Killmore?

Caso resolvido

Devido ao sucesso da trama e o mistério em torno do nome da autora, a curiosidade só fez aumentar. Foi então que uma leitora divulgou nas redes sociais que o estilo de escrita de Killmore era parecido com o do escritor Raphael Montes e da criminologista Ilana Casoy. A leitora estava certa.

A Netflix irá levar para o streaming a trama escrita por Montes e Casoy.

A série manterá o mesmo nome do livro e será protagonizada pela atriz Tainá Muller.

A série é dirigida por José Henrique Fonseca, que vem a ser filho de Rubem Fonseca, mestre da Literatura policial brasileira.

A trama

Tainá Muller vive a Verônica do título, ela é uma escrivã de uma Delegacia de Homicídios na cidade de São Paulo.

Depois de ter presenciado um suicídio, a policial investiga a relação da vítima com um golpista que usava um aplicativo de relacionamento para escolher as mulheres.

Paralelamente, ela é abordada pela esposa de um serial killer que lhe pede ajuda. Isto irá colocar a vida da protagonista e de sua família em risco.

Tainá Muller disse que uma das coisas que lhe atraiu para o projeto foi a temática abordada pela série, ela disse se interessar pela luta das mulheres contra a violência no país.

Ela continuou dizendo que a série lhe deu a oportunidade de abordar o tema e se preparar de uma maneira inédita em sua carreira, pois teve que treinar lutas, algo que é distante de sua realidade, afirmou a atriz.

Desequilíbrio

Tainá também comentou sobre a falta de protagonistas mulheres nas produções brasileiras. Ela acredita que ainda não há um equilíbrio em relação a isso.

Ela ainda afirmou que o cenário era diferente há 15 anos, quando começou sua carreira. Apesar de já haver mulheres protagonistas, elas tinham mais o papel de objeto da ação e não como sujeito.

Enquanto que os homens viviam os personagens mais fortes e complexos, as mulheres eram vistas mais como musas, disse Tainá.

Laboratório

Para viver Verônica a atriz visitou delegacias do Rio de Janeiro e de São Paulo. Ela também conversou com escrivãs e buscou informações com peritos que cuidam de casos de feminicídio.

Ela também afirmou que é fã de séries estrangeiras, que gosta de thrillers, mas evitou se inspirar em séries internacionais para não copiar o modelo americano. Durante a preparação para o papel, ela decidiu não ver nenhuma série com temática semelhante.

Para manter a brasilidade da trama, ela se inspirou somente no livro que inspirou a série, "Bom dia, Verônica" estreia na próxima quinta-feira (1º) na Netflix.