"Borat 2" ou "Borat Subsequent Moviefilm", como é o título em inglês, estreou na Amazon Prime Vídeo no último dia 23 de outubro e tem como foco principal atacar o movimento de apoio político ao presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

Borat é um personagem interpretado por Sacha Baron Cohen, e ficou conhecido pelo documentário falso que publicou em 2006 ironizando a cultura norte-americana e seu olhar para o oriente.

O personagem retornou em 2020, às vésperas da eleição presidencial norte-americana, com duras críticas a Trump.

Enredo de 'Borat 2'

O enredo do filme simula uma espécie de missão diplomática em que Borat precisa entregar um macaco, que é o maior ator de filmes eróticos do Cazaquistão, ao vice-presidente Mike Pence. No entanto, o primata morre e Borat genialmente decide entregar sua filha ao político no lugar do macaco.

Esse é o pano de fundo que coloca o jornalista em uma surreal jornada pelos Estados Unidos. O longa é filmado no estilo documentário, ironizando elementos da cultura norte-americana, seus preconceitos e as suas características.

Outro ponto que é criticado em forma de ironia são as consequências da pandemia e o isolamento social. O repórter chega a participar de uma manifestação que acusa o ex-presidente Barack Obama como culpado pela pandemia.

A questão da doença causada pelo novo coronavírus está bastante presente, principalmente ao se recordar que os Estados Unidos são um dos recordistas mundiais em números de casos.

Polêmica

Segundo o site Metrópoles, a cena de maior polêmica no filme envolve o ex-prefeito de Nova York e advogado de Trump, Rudolph Giuliani. Na cena, após ser entrevistado por uma atriz que interpreta a filha de Borat, o advogado entra na suíte e é filmado mexendo dentro das calças.

De acordo com Giuliani, ele estava apenas tirando o microfone e nega qualquer contato de cunho erótico.

Em entrevista a bordo do Força Aérea Um (o avião presidencial), Trump falou aos jornalistas que não acha Sacha Baron Cohen engraçado e que ele é um canalha.

Improvisação

Com tantas situações "nonsense" o público se questiona quais cenas teriam um roteiro e quais foram improvisadas.

De acordo com a revista Rolling Stone, a revista Cosmopolitan, via Cheatsheet, esclareceu que a maioria das cenas são realmente verdadeiras, ou seja, sem qualquer interferência de roteiro.

Cenas como a do pastor no centro anti-aborto e de Sacha Baron Cohen entrando disfarçado de Donald Trump na Conferência de Ação Política Conservadora, ocorreram se forma espontânea e sem ensaios.

"Borat 2" estreou sem trazer grandes novidades se comparado ao primeiro filme, no entanto, reveste-se do atual peso político do momento e aliado ao impacto das redes sociais na sociedade, pode se tornar um filme mais forte e com maior alcance.