Há poucos dias, nações de todo o planeta receberam uma carta dos líderes da ONU (Organização das Nações Unidas) com um aviso.
A ONU fez um convite aos presidentes dos países membros da organização para a cúpula do clima, que irá acontecer no próximo dia 12.
Mas há uma condição para o Brasil, ou quaisquer outras nações que queiram participar em nível de chefe de Estado. Terão que ser apresentadas evidências de que o país participante está elaborando metas para a preservação de suas florestas. As informações são do colunista Jamil Chade, do portal UOL.
Se o país não tiver nenhum progresso para demonstrar, a recomendação é que não participe do encontro.
Dezenas de países já confirmaram presença. França, Chile, Reino Unido e Itália formam o grupo que está liderando a iniciativa.
Acordo de Paris
A razão para o evento, que será realizado de forma virtual, é celebrar os cinco anos do Acordo de Paris.
Presidentes e primeiros-ministros falarão por horas para mostrar que estão empenhados na causa ambiental.
Vai ou não vai
Até o momento em que a matéria foi publicada no portal UOL, o Itamaraty não respondeu se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) irá participar do evento.
O colunista também tentou entrar em contato com o Ministério do Meio Ambiente para saber se a pasta e o presidente da República irão estar no encontro.
A pasta informou que estará na reunião, mas não respondeu se o morador do Palácio da Alvorada também participará. Também no Palácio do Planalto não houve resposta quanto a participação de Bolsonaro.
Ao ataque
Nos últimos meses, Jair Bolsonaro e seus ministros têm se ocupado de atacar outras nações quando o Brasil participa deste tipo de evento, e poucas vezes o país apresentou projetos concretos para diminuir o desmatamento.
Menos conversa mais ação
Em Nova York, organizadores do evento declararam que este tipo de posicionamento agressivo não será tolerado. "Chega de demagogia" declarou um dos organizadores da cúpula, que declarou ainda que o mundo quer ver ação.
Diplomatas ouvidos pelo UOL confirmaram que a percepção internacional é a de que se o Brasil não participar da cúpula, estará confirmando o status de pária na questão climática.
Ainda mais agora que se aproxima a saída do presidente Donald Trump e a mudança de rumo dos Estados Unidos em relação ao meio ambiente.
Entre a cruz e a espada
Se por um lado a ausência do Brasil dá sinais negativos para a comunidade mundial, a participação de Jair Bolsonaro na cúpula será usada pelas nações para pressionar o Brasil e irá mostrar o quanto o país está isolado em seu posicionamento.
Bolsonaro nem precisa participar da reunião para ter sua atuação no meio ambiente criticada. Antonio Guterres, o secretário-geral da ONU, fez declarações que foram endereçadas ao Brasil, mas sem citar nomes.
Entre outras críticas, o português declarou que nações estão empenhadas em desmontar proteções ao meio ambiente.
Para confirmar o que disse Guterres, basta lembrar a fala do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de que era a hora de "passar a boiada" quanto à desregulamentação.