No último domingo (14), o presidente Jairn Bolsonaro (sem partido) conversava com a imprensa, quando jornalistas questionaram o mandatário sobre os decretos assinados por ele que facilitam o acesso a armas de fogo e munições no Brasil.
Bolsonaro respondeu, afirmando que “o povo tá vibrando”, logo após se encontrar com apoiadores na saída do Forte Marechal Luz, em São Francisco do Sul, no estado de Santa Catarina. Bolsonaro está passando o Carnaval no estado com a família. Os jornalistas ainda tentaram obter mais informações do presidente, mas ele disse que só falaria se estivesse ao vivo e deixou o local.
Filho de peixe
Mais cedo, no mesmo dia, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) cobrou apoio aos decretos assinados pelo pai em um encontro com apoiadores do presidente. Eduardo perguntou "cadê o rapaz que queria arma?", ao falar com um grupo de pessoas que esperava o presidente na praia, no final da manhã.
Eduardo Bolsonaro, ao invés de se preocupar em exercer as funções para a qual foi eleito para executar, passa a maior parte do tempo atuando como cabo eleitoral do seu pai e defende todas as medidas tomadas por ele.
Eduardo também aproveitou a ocasião para utilizar velhos bordões contra a esquerda para animar a plateia. Na oportunidade, perguntou aos presentes se eles estavam "com saudades do BNDES mandando dinheiro para Cuba", ouvindo a plateia responder um uníssono "não".
Como em uma viagem no tempo, parecia que o filho do presidente Bolsonaro havia voltado a 2018, época em que o sentimento antipetista estava no seu auge e foi amplamente explorado por políticos de extrema-direita.
Eduardo ainda fez menção ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, perguntando se Lula visitasse o local seria tão bem recebido quanto foi Jair Bolsonaro.
Na viagem ao passado de Eduardo Bolsonaro não faltou também uma visita às pautas morais quando o parlamentar perguntou ao público se as crianças deveriam aprender sobre "relações sexuais" nas escolas.
Também foi bem recebida pelos presentes a fala de Eduardo sobre as recentes medidas tomadas pelo presidente da República sobre o decreto das armas, em que haverá uma flexibilização maior sobre a compra de armamento e munição.
Os vídeos que mostram a satisfação dos apoiadores de Bolsonaro com o tema foram publicados na rede social do parlamentar. No final da noite da última sexta-feira (12), o Planalto alterou quatro decretos de 2019 que regulam a aquisição de armas e munição por parte de agentes de segurança e também colecionadores, atiradores e caçadores (CACs).