Depois do sucesso das duas primeiras séries da união da Marvel com a Disney, “WandaVision” e “Falcão e o Soldado Invernal”, os fãs do MCU estavam ansiosos para a chegada no Disney+ de “Loki”. A produção estreou na última quarta-feira (8) o primeiro episódio de um total de seis.

Vida após a morte

Loki (Tom Hiddleston), havia aparentemente dado adeus ao MCU no filme “Vingadores: Ultimato” (2019), quando foi assassinado pelo vilão Thanos. O que compreensivelmente poderia fazer com que o público ficasse temeroso com uma possível trama sem pé nem cabeça para justificar a volta do carismático personagem.

Porém, antes mesmo de sua estreia, este possível receio já estava descartado, visto que nos trailers da produção já era mostrado que o deus da trapaça iria aprontar muitas confusões em viagens no tempo.

De volta para o passado

No filme “Os Vingadores – The Avengers” (2012), após ter sido derrotado pela equipe de super-heróis, Loki foi feito prisioneiro. No filme “Vingadores: Ultimato”, o grupo volta a este momento e as coisas saem do controle e Loki consegue fugir.

A nova série do Disney+ inicia neste momento e mostra o que aconteceu com o personagem. Depois de conseguir se ver livre da S.H.I.E.L.D., dos Vingadores e de ter que enfrentar as consequências de seus atos em Asgard, Loki atravessa um portal e vai parar em um deserto na Mongólia.

Mas seus momentos de liberdade duram pouco, pois ele é logo capturado pela Autoridade de Variância do Tempo, uma estranha organização que tem a função de manter intactas as várias linhas temporais existentes no universo. A organização, apesar de se parecer mais com uma repartição pública burocrática, é extremamente eficiente em capturar aqueles que bagunçam as linhas temporais.

Quem acompanhou tudo o que aconteceu nos filmes do MCU não terá dificuldade em acompanhar as novas aventuras de Loki, mas a série mostra pontos importantes do passado do personagem que deverão fazer com que aqueles que não estão muito familiarizados com este universo consigam acompanhar a trama sem muitos problemas.

Loki, ao chegar na Autoridade de Variância do Tempo, como era de se esperar, não irá admitir a ideia de ser mantido prisioneiro, e será caçado pela agente Hunter B-15 (Wummi Mosaku), que enxerga em Loki uma ameaça e pretende eliminar o deus da trapaça, porém o agente Mobius M.

Mobius (Owen Wilson) tem outros planos para o irmão adotivo de Thor.

Em seu primeiro episódio, a trama se preocupou, além de explicar o paradeiro de Loki, em também apresentar os personagens, além de dar pistas sobre quem será o grande vilão da série. A trama ainda deu mostra de que irá seguir o tradicional caminho da quase totalidade das produções do MCU, uma trama recheada de ação e momentos de humor --neste quesito, “Loki” deverá agradar. Também ficou evidente a boa química entre o protagonista e o personagem de Owen Wilson.

Se Loki apareceu pela primeira vez no MCU como um típico vilão que tinha como desejo governar o mundo, ao longo dos anos o personagem ganhou mais espaço e maior complexidade.

O Loki que é mostrado na série é aquele vilão mostrado em 2012 que não havia passado por todas as experiências que o público testemunhou ao longo dos anos.

O personagem irá vivenciar em poucos minutos vários dramas que ele teria passado caso não tivesse entrado em uma outra linha temporal, ou seja, o interessante processo de amadurecimento do personagem que foi construindo em alguns anos, praticamente ocorreu em poucos minutos, aqui é hora de ligar a suspensão de descrença e se divertir.