O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) havia prometido nas últimas semanas apresentar em sua live desta última quinta-feira (29) as supostas provas que afirma ter de fraudes em Eleições no Brasil. Apesar das promessas, as tais provas não foram apresentadas na mais de uma hora de live em sua página nas redes sociais.

O presidente aproveitou o momento para atacar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, e as instituições no Brasil, colocando sob suspeita o sistema de apuração das eleições e os agentes públicos envolvidos nela.

TSE desmente Bolsonaro

O Tribunal Superior Eleitoral usou as suas redes sociais para desmentir os fatos apresentados pelo presidente da República. Em um compilado de links, o TSE desmentiu as afirmações do presidente e apresentou provas para contestar vídeos de redes sociais usados pelo presidente para sustentar sua falsa narrativa.

Ataques a Barroso

Bolsonaro usou grande parte da live, que deveria ser para apresentação das supostas provas, atacando o presidente do TSE. Segundo o chefe do Executivo federal, Barroso articulou na Câmara dos Deputados contra a votação da PEC do voto impresso, projeto de autoria de Bia Kicis (PSL-DF).

Além do Barroso, o presidente da República atacou parlamentares, principalmente os envolvidos na CPI da Covid no Senado, e antigos aliados, como o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (sem partido).

Real interesse de Bolsonaro

Pesquisas de Opinião recentes mostram queda na popularidade do presidente da República. Os índices de aprovação de sua gestão são as menores desde o início do governo, com reprovação grande sobre o combate à pandemia.

Em meio a denúncias de corrupção envolvendo a compra de vacinas, com um suposto envolvimento do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (MDB), Bolsonaro tenta tirar o foco dos fatos e criar mais polêmicas, pautando toda mídia para seu teatro midiático.

Apesar de muito difícil de acontecer na prática, Bolsonaro tem desejo em criar um clima conturbado socialmente nas eleições, com objetivo de se aventurar em caminhada autoritária de ruptura institucional.