Estreou na sexta-feira (23) na Netflix [VIDEO] a animação “Mestres do Universo: Salvando Etérnia” que traz de volta os personagens da animação clássica dos anos 1980 “He-Man e os Mestres do Universo”. A nova produção da Netflix tem como showrunner o diretor e roteirista Kevin Smith.

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Kevin Smith é um velho conhecido também dos fãs de quadrinhos, em que levou sua visão ousada para o personagem da Marvel Comics, Demolidor. É de autoria do artista a HQ “Diabo da Guarda” em que ele desconstrói o personagem assim como Frank Miller já havia feito anteriormente.

Smith repete a dose em “Mestres do Universo: Salvando Etérnia” ao não ter medo de sair da zona de conforto com os personagens clássicos da cultura pop. Ao mesmo tempo, a obra recusa o clichê de “apresentar esses personagens clássicos para as novas gerações”.

A trama

Para quem está chegando agora, a animação original, que durou de 1983 até 1985, se passava no planeta Etérnia, e o protagonista era o príncipe Adam, que lutava contra as forças do mal em seu planeta. O herdeiro de Etérnia era o portador da Espada do Poder e quando era necessário entrar em combate, ele se transformava em He-Man, que tinha a ajuda de seus amigos: Mentor, Gorpo, Feiticeira, Teela entre outros aliados. A principal ameaça para a paz em Etérnia, e todo o universo, era o vilão Esqueleto e seus asseclas como: Malígna, Homem-Fera, Aquático e outros.

Feitas as devidas apresentações, a animação que acabou de chegar ao catálogo da Netflix continua de onde a série original parou. Em seu primeiro episódio - são cinco ao todo na primeira temporada – é mostrado que a brava capitã da guarda real, Teela, ascendeu ao posto de “Mentora”, e irá substituir seu pai adotivo Duncan, o “Mentor”, que é uma espécie de conselheiro do rei, cientista, estrategista e exímio guerreiro, ufa!

Mas a cerimônia é interrompida pelo Esqueleto e então o príncipe Adam terá que mais uma vez se transformar em He-Man “O homem mais poderoso do universo”. Se a animação original nunca havia mostrado um duelo final entre o protagonista e seu nêmesis, a nova série animada mostra isso logo em seu primeiro capítulo e faz com que esses personagens tão importantes para a trama, assumam papeis secundários.

O protagonismo fica por conta de Teela.

Os traumáticos eventos que desencadearam a saída de cena tanto de He-Man quanto do vilão Esqueleto, levaram também a quase extinção da magia existente em Etérnia, que era a fonte de energia do planeta, Teela, em principio contra a sua vontade, terá que sair em uma jornada para recuperar a magia de Etérnia e para isso irá contar com a ajuda de sua nova aliada Andra (a personagem não fazia parte da animação original), Maligna, Gorpo, Roboto e Homem-Fera. O heterogêneo grupo sairá em uma jornada em busca da Espada do Poder para que a magia salve Etérnia.

A jornada desse inusitado grupo é liderada por Teela, e no meio do caminho, tanto ela quanto a vilã Maligna refletem sobre o papel secundário que tiveram na vida dos eternos rivais He-Man e Esqueleto.

Dito isto, a animação dá o protagonismo para as mulheres, o que deixou muitos fãs da saga original decepcionados por não verem tanto He-Man/Adam e Esqueleto em cena.

O protagonismo que é dado às mulheres na animação em nenhum momento é feito de forma gratuita, apenas se trata de não apenas valorizar a figura do “macho alfa” tão em moda na época da obra original. Assim como a animação abriu com uma cena chocante, seu último episódio fechou com uma situação inesperada, que serviu como gancho para a próxima temporada, que já está confirmada. Que venham logo as novas aventuras de Teela.