A Netflix [VIDEO] estreou no último domingo (1°) a minissérie “Caleidoscópio” (Kaleidoscope), que tem uma inovação dentre as produções da plataforma de streaming: não existe uma ordem correta para ver seus oito episódios, o que dá o total de 40.320 mil maneiras diferentes de assistir à produção.

A minissérie é considerada como sendo uma antologia, porém existe uma regra, o episódio “Branco”, que mostra o assalto, deve ser deixado por último. A Netflix publicou em uma de suas redes sociais três maneiras diferentes de assistir à obra, porém cada pessoa escolhe a ordem que quiser ver a minissérie.

A trama

A minissérie criada por Eric Garcia narra a trajetória de um grupo de ladrões que planejam roubar US$ 7 bilhões de um cofre que talvez seja o mais seguro do mundo. Além de toda a dificuldade do roubo, eles ainda vão ter que despistar o FBI enquanto tentam roubar o dinheiro que vem em forma de títulos ao portador, e de quebra o roubo será realizado durante um furacão. Ainda que seja uma obra de ficção, “Caleisdoscópio” foi livremente inspirada em eventos reais quando em meio ao furacão Sandy ladrões roubaram US$ 70 bilhões em títulos bancários no centro de Manhattan.

A história se passa durante 25 anos, cada episódio é centrado em um dos personagens em um ponto diferente da linha temporal.

Apesar de a ordem em que os episódios podem ser vistos ser aleatória, todos terão o mesmo primeiro e último episódios. O episódio “Preto”, o primeiro, explica de maneira breve o conceito da trama. O último episódio, “Branco”, encerra a minissérie.

Em entrevista, o criador da trama Eric Garcia afirmou que a possibilidade de assistir “Caleidoscópio” de diversas maneiras dá ao espectador pontos de vista diferentes.

Existem perguntas que irão ser feitas em um episódio que serão respondidas em outro, assim como também terão respostas em um episódio que o espectador estará assistindo, mas ele nem irá saber que se trata de respostas para algo até assistir aos outros episódios.

Elenco

Giancarlo Esposito é o protagonista da trama que conta ainda com o vilão vivido por Rufus Sewell, Peter Mark Kendall, a musa espanhola Paz Vega, Tati Gabrielle, Jai Courtney, Rosaline Elbay, Niousha Noor, Jordan Mendoza, Hemky Madera e Soojeong Son.

Sem muitas novidades

Além da inovação na maneira de assistir a trama, não há muito que ser dito sobre “Caleidoscópio”. Trata-se apenas de mais uma produção mediana da plataforma de streaming que serve para passar o tempo sem deixar grandes reflexões para quem assiste. A minissérie até lida bem com os clichês deste tipo de produção, não tenta criar situações cômicas e também fica difícil torcer para os personagens, visto que quase todos são criminosos convictos e suas ações levam a consequências drásticas. A trama tem uma unidade em seus episódios, mas essa unidade é quebrada com o episódio “Rosa”, que se parece com uma obra de Quentin Tarantino ou Guy Ritchie, de longe o melhor episódio de “Caleidoscópio”.