Uma pesquisa realizada pelo Facebook neste último domingo (04) foi alvo de polêmicas e protestos por parte dos usuários e da mídia em geral. Todos as pessoas que utilizam a rede social, tanto para entretenimento como para interagir com amigos e familiares, provavelmente já foram abordadas com as pesquisas (feedback) da empresa, que segundo eles, servem para aprimorar o feed de notícias dos usuários da plataforma.

O questionário desta vez tratava de um assunto bastante delicado e polêmico

Traduzindo:

"Há uma grande variedade de tópicos e comportamentos que aparecem no Facebook.

Ao pensar em um mundo ideal você lida com o seguinte: uma mensagem privada na qual um homem adulto pede uma garota de 14 anos para fotos sexuais.

> Este conteúdo deve ser permitido no Facebook, e não se importaria de vê-lo

> Este conteúdo deve ser permitido no Facebook, mas não quero vê-lo

> Este conteúdo não deve ser permitido no Facebook, e ninguém deve ser capaz de vê-lo

> Não tenho preferência neste tópico"

Além desse questionário, circulou também um outro abordando o mesmo tema

Traduzindo:

"Ao pensar sobre as regras para decidir onde uma mensagem privada em que um homem adulto pede a uma garota de 14 anos fotos sexuais, deve ou não ser permitida no Facebook, qual regra você decidiria como ideal?

> O Facebook decide sozinho

> Especialistas externos decidem as regras e contam ao Facebook

> Usuários do Facebook decidem as regras votando e contam ao Facebook

> Eu não tenho preferência"

O Facebook no entender dos usuários e da mídia, não levou em consideração que fotos de crianças e adolescentes menores de idade, além de ser contra a lei, é um crime grave.

Ao tomar conhecimento da repercussão negativa que ocasionou essas duas pesquisas, o Facebook retirou os questionários da plataforma e informou através de seu Diretor de Gerenciamento de Produto da Internet.Org no Facebook Inc. desde outubro de 2013, Guy Rosen, que as pesquisas são feitas para entender o que os usuários pensam sobre as políticas e regras impostas por eles.

Embora a empresa tenha introduzido processos tanto automáticos quanto humanos, para controlar o que aparece em seu site, evitaram assumir a total responsabilidade no caso, argumentando que se trata de uma plataforma tecnológica e não uma editora.

O executivo-chefe e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, disse aos alunos em um evento em Roma no mês passado, que o Facebook continuaria sendo uma empresa de tecnologia e não se tornaria uma empresa de mídia.

Essa não foi a primeira vez que o Facebook se envolve em polêmicas desse tipo. No ano de 2014, uma mulher processou a rede social a indenizá-la em $123 milhões por não conseguir excluir suas fotos nuas postadas sem autorização com propósito de vingança, e que circularam na plataforma livremente, mas o caso foi arquivado e encerrado.