É mais do que sabido como a Tecnologia tem proposto e apresentado praticidade e rapidez no cotidiano cheio de problemas dos usuários e das pessoas. Se há 20 ou 25 anos, era inimaginável fazer o que se faz hoje, deve-se à evolução dos equipamentos como smartphones e a criação de aplicativos voltados para os mais diversos âmbitos da vida pessoal.
Desde fazer compras de produtos até consultar seu saldo bancário. Pois, desde o início de 2022, as instabilidades, a indisponibilidade dos sistemas e, como consequência, a falta de acesso às informações têm deixado muita gente nervosa ou desprevenida.
Queridos por sua preferência, o comércio virtual e os serviços de banco enfrentam certa desconfiança ultimamente.
Fora do ar
Instituições tradicionais como o Itaú e o Banco do Brasil sofreram instabilidades durante a semana que passou. Primeiramente, os clientes do Itaú se queixaram por não utilizar o banco digital na última quinta-feira, 03 de março.
Na gigante financeira, ocorreu um apagão, já que o internet banking e o aplicativo simplesmente não funcionavam. O Itaú respondeu que existiu uma falha no processamento de dados. Mesmo assim, clientes continuaram suas reclamações ao perceberem que seus saldos estavam com posição final menor ou muito maior. Isto é: parcelas de gente com menos dinheiro na conta e outra parcela com mais dinheiro.
Um dia depois, foi a vez do NuBank e do Banco do Brasil passarem por problemas técnicos. Logicamente em todos os três casos, a avalanche de reclamações dos usuários foi grande nas redes sociais. No caso da instabilidade do dia 04 de março, os relatos variavam entre a impossibilidade de se fazer operações no Pix e o acesso aos respectivos sites do BB e do NuBank.
Segundo o portal “Downdetector”, especializado em monitorar e colher dados originados de retirada, queda e instabilidade na Internet, houve um aumento repentino de queixas acerca do Banco do Brasil por volta das 8 h. Seu concorrente digital, o NuBank, registrou o início das reclamações a partir das 9 h, com o seu auge às 11 h.
A resposta de ambas as instituições é de que a área técnica tinha identificado o defeito e que ela estava trabalhando para resolver os problemas relativos à conectividade. Em breve, as operações retornariam à normalidade.
Puxando a corda
Parece que isso foi puxado por problemas semelhantes encontrados nas páginas de empresas de varejo como Shoptime, Lojas Americanas e Submarino. Isso aconteceu no fim de fevereiro.
Uma das dúvidas mais frequentes gira em torno do vencimento de uma fatura no mesmo dia em que as instabilidades de rede ocorrem. Afinal, caso se pague a fatura numa data posterior, o cliente deverá absorver o “prejuízo”, os juros pelo atraso? Segundo órgãos de defesa do consumidor, a responsabilidade vai integralmente para o banco.
Mas, essas entidades alertam: é preciso reunir a documentação para, posteriormente, cobrar o reembolso. Além disso, é muito recomendável que o cliente registre uma reclamação nos canais oficiais de atendimento do banco e anotar o número de protocolo gerado, se a queixa foi feita por telefone.
Em caso de indiferença ou demora na solução, a pessoa pode recorrer ao Procon ou ao Consumidor.gov.br, ligado ao Ministério da Justiça.
Outras situações possíveis decorrentes das falhas nas redes vêm da duplicidade de pagamento e do enriquecimento indevido. Quanto ao pagamento em dobro, o banco providenciará o estorno, regularizando o crédito em conta. Mas, é bom ser paciente, porque essa operação não costuma ser rápida.
Agora, quem ficou rico “da noite para o dia”, uma advertência: pelos erros decorrentes da instabilidade, alterações a maior de valores nas contas não deverão ser mexidas. É bom não se animar e usar de oportunismo, porque a instituição financeira fará a regularização.
O Código Civil obriga o cliente a devolver a quantia (sacada ou não) ao banco, pois se configura um crime de enriquecimento sem causa consistente.