Existem Negócios fechados rapidamente que podem variar desde um cafezinho tomado no balcão do boteco até os que demoram um longo tempo para serem concretizados.
No vaivém das conversas, dos ajustes e da transparência no andamento, podem-se tomar esses trâmites como normal até que se atinja o fechamento satisfatório das partes envolvidas.
Parece que o bilionário Elon Musk resolveu ponderar mais sobre a compra ou não da rede social Twitter.
Inesperadamente, ele escreveu uma mensagem na última sexta-feira, 13/05, cujo conteúdo aborda a suspensão da operação de adquirir a empresa do “passarinho azul”.
Por que parou?
Segundo o próprio Musk, a decisão é motivada porque ele espera mais detalhes acerca da proporção de perfis e contas falsas na rede social. Ele quer ter a certeza do quanto essas configurações falsas são representativas no Twitter. Na própria mensagem, ele cita que menos de 5% dos perfis não são idôneos.
Horas depois e, talvez por possuir 93 milhões de seguidores, Elon Musk escreveu nova mensagem e disse que continua “comprometido” com o fechamento do negócio.
A alegação levantada pelo homem mais rico do mundo reside em sua reclamação de que o Twitter manipula o algoritmo da rede.
Numa postagem feita em 14/05, ele disse que os tuiteiros precisam alterar as configurações de suas contas.
Para provar sua teoria, Elon Musk sugere que os usuários optem por receber as informações em ordem cronológica. Dessa forma, o bilionário quer testar a transparência do conteúdo da plataforma digital.
“Você está sendo manipulado pelo algoritmo de maneiras que não percebe”, escreveu. Até obter segurança sobre a quantidade real de fakes news existentes no Twitter, Musk achou melhor adiar a aquisição.
Ele desconfia do número de 5% do total de contas cadastradas que não são verdadeiras ou que se constituem em perfis falsos.
No ninho do pássaro
Consultado, o diretor-geral do Twitter, Parag Agrawal, permanece com a expectativa da conclusão do negócio.
O impasse criado no fim dessa semana ocasiona o represamento de US$ 44 bilhões, quantia prevista para completar a operação.
O polêmico 5% questionado pelo endinheirado Musk remete a uma apresentação da empresa de Tecnologia às agências reguladoras dos Estados Unidos, feita no começo de maio.
Pensando como homem de negócios, Musk espera que esse percentual seja demonstrado na prática.
Vai ou racha?
E é por essas tendências que alguns analistas da área financeira questionam os dois lados: um deles disse que o Twitter pode transformar a “apresentação circense” em “espetáculo de terror de sexta-feira 13”.
Outras opiniões vindas de Wall Street acham que Elon Musk encontrou uma maneira de sair do negócio. Também pode estar forçando um preço menor para realizar o negócio. Certo mesmo é a sombra de indecisão deixada na mais importante Bolsa de Valores do mundo; a pergunta agora é: o bilionário Elon Musk vai desistir?
Sendo mais explícito
A desconfiança em relação ao tal dos 5% é essencial porque inclui outros atores coadjuvantes na peça protagonizada pelo endinheirado Musk. Segundo a analista Susannah Streeter, da empresa Hargreaves Landsdown, o total de spams, contas reais e falsas é importante, uma vez que serão dessas fontes (fictícias ou verdadeiras) que podem sair as receitas de publicidade ou de assinaturas pagas.
De concreto até agora, é que as ações da empresa do “pássaro azul” sofreram forte desvalorização na Bolsa de Nova York. Logo após o comunicado da suspensão do negócio, o Twitter teve que amargar 25% de depreciação. O índice da Bolsa terminou a sexta-feira 13 em queda de 9,7%.