O "Zorra", programa humorístico da Rede Globo de televisão, exibido neste sábado (29), virou notícia neste fim de semana ao fazer uma crítica à postura do atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, durante a Marcha para Jesus que ocorreu no dia 20 de junho, em São Paulo.

Em um quadro do programa, a cena começa mostrando um momento da marcha, no qual o presidente fez o sinal de arminha com as mãos.

Em seguida, as câmeras voltam para o estúdio e aparece o ator Paulo Vieira interpretando Jesus Cristo conversando com os 12 apóstolos.

Na cena exibida no programa, Cristo diz que é inadmissível e que tem alguma coisa muito errada ocorrendo no Brasil. Ele questiona o fato de um evento feito para ele não levar a sua mensagem. O personagem diz que há mais de dois mil anos está tentando passar uma mensagem de paz, união e amor, e construindo um nome, uma marca, para as pessoas fazerem uma marcha para Ele e nesse evento pedir o uso de arma, a diminuição da idade penal e a pena de morte.

'Cristo' diz que ele foi condenado à pena de morte e que não entende o que está acontecendo.

Os 'apóstolos' falam que estão trabalhando duro para levar a mensagem da graça do Senhor para todo o planeta e 'Jesus' diz que alguma coisa está acontecendo e está havendo interferência no envio da mensagem.

Outro apóstolo propõe mudarem de estratégia de divulgação e enviarem dilúvios e pragas para que o povo veja o tamanho da indignação de Jesus. Um dos servos de Jesus diz que a intenção deles sempre foi passar a mensagem de paz, caridade e igualdade que ele pregou. Jesus diz que está sendo associado com a violência.

Um dos apóstolos diz que tem certeza de que não foram eles que espalharam essa mensagem de violência, quando outro apóstolo se levanta e questiona que, se não são eles que estão passando essas mensagens, quem poderia ser?

Nesse momento, as imagens cortam para uma cena em um cenário que parece ser o inferno, com o demônio e seus seguidores rindo.

Um deles fala que o gesto da arminha pegou geral e o demônio fala: "Esse garoto-propaganda que eu escolhi”, referindo-se ao presidente do Brasil. A esquete termina com os representantes do mal dando gargalhadas e fazendo o símbolo usado por Bolsonaro para representar uma arma.

Assista a seguir a crítica feita no "Zorra" deste sábado:

Programa 'Zorra' fez outras críticas ao governo

Além da postura do presidente Bolsonaro na Marcha para Jesus, o programa deste sábado aproveitou para tirar sarro de outra situação política que ganhou as mídias nessa semana. Em três momentos do programa, os atores usaram do humor para expor o caso dos 39 quilos de drogas que foram encontrados no avião da Força Aérea Brasileira recentemente.