A dançarina Carla Prata, que já integrou o balé do "Domingão do Faustão", da Rede Globo, passou por um momento desesperador. Há cerca de dois anos, após sofrer uma paralisia facial, a bailarina foi encaminhada ao médico e acabou sendo diagnosticada com uma doença rara, a miastenia gravis, que atinge seus músculos do rosto.

Durante uma entrevista concedida ao site Notícias da TV, Prata relatou que ao receber o diagnóstico pensou que morreria a qualquer momento. "Na época, eu achava que iria morrer em dez minutos. Achava que ia passar mal a qualquer momento, parar de respirar do nada e morrer", disse.

Entre os principais sintomas da doença de Carla estão a fraqueza muscular, a dificuldade para mastigar e engolir e também a queda das pálpebras.

Apenas um ano antes de ser diagnosticada com tal doença, Carla havia passado por uma cirurgia no coração, cujo objetivo era a retirada de um tumor de 20 centímetros no timo, glândula localizada atrás do osso do peito. Um ano depois, a paralisia que levou ao diagnóstico da miastenia aconteceu.

De acordo com Carla, após um oftalmologista perceber a sua condição, ela foi encaminhada a um neurologista, de modo que alguns exames mais conclusivos pudessem ser realizados. Com os resultados em mãos, foi possível descobrir, partindo das características da bailarina e de seu histórico, a doença em questão.

Atualmente, entretanto, a miastenia gravis se encontra sob controle, e Prata precisa apenas tomar remédios para manter a condição dessa maneira.

Difícil de ser diagnosticada

A doença de Carla Prata é bastante difícil de ser diagnosticada por se manifestar de maneiras diferenciadas em cada pessoa.

Segundo Carla, as pessoas diagnosticadas com a doença costumam se sentir em pânico devido à falta de informações a respeito do assunto.

Essa falta de informação faz com que a gravidade da condição seja amplificada e, dessa forma, pensamentos negativos dominem a cabeça de quem recebe o diagnóstico.

De acordo com a dançarina, ter fé em Deus é uma boa maneira de lidar com a doença, e foi exatamente o meio que ela encontrou para conseguir superar o pânico inicial.

Nesse sentido, ela também afirma que alguns dias são piores do que os outros, mas que é necessário aprender a lidar com os problemas.

Ainda a respeito de sua condição, a dançarina afirmou que a miastenia se apresenta de forma leve em sua vida. Entretanto, a doença pode vir a surpreender, uma vez que algumas pessoas passam anos sem a manifestação de sintomas mais pesados e, eventualmente, a doença ataca de maneira implacável. Outras pessoas, por sua vez, estão constantemente hospitalizadas devido às crises geradas pela miastenia gravis.

Essa diferença de comportamento da doença, de acordo com a dançarina, é a maior dificuldade no seu controle e tratamento.