Em meio à pandemia que já matou mais de 18 mil pessoas no Brasil, as fraudes na obtenção do Auxílio Emergencial fez vítimas em todo país. Relatos de pessoas que foram prejudicadas se multiplicam e revelam que não há limites para a criminalidade.

Desta vez o filho do apresentador William Bonner foi vítima destes criminosos. Segundo apurações feitas pelo jornal Meia Hora, foram obtidos documentos de registro do filho do âncora do telejornal no então benefício do Auxílio Emergencial, de R$ 600.

Nesta manhã, William Bonner quebrou o silêncio e saiu em defesa do filho.

Utilizando sua rede social, Bonner postou uma sequência de tuítes para esclarecer o que realmente aconteceu.

Bonner deixa claro que interrompia seu silêncio no Twitter para denunciar uma injustiça e uma farra com o dinheiro público.

O apresentador escreveu que há pelo menos 3 anos estelionatários vêm tentando usar o nome e o CPF do filho para cometer fraudes, como abertura de empresas e contratação de TVs por assinatura.

As falcatruas, segundo Bonner, foram devidamente denunciadas e boletins de ocorrências registrados na polícia na época dos fatos.

Um corpo de advogados também defende os interesses da família.

Nos critérios que regem a obtenção do Auxílio Emergencial, o filho de William Bonner não se enquadra, justamente pelas condições econômicas. Em resumo o filho do apresentador não tem direito aos R$ 600 estabelecidos pelo governo.

Conforme disse Bonner, quem quer que usasse os dados do filho deveria receber um "não" após análise.

Entretanto, o fraudador conseguiu, como consta no site da Dataprev.

O apresentador adiantou e disse não saber se o valor foi depositado ou sacado da conta que foi aberta pelos fraudadores.

Em uma crítica direcionada aos sistemas atuais da Dataprev, William Bonner foi enfático: "não se zelou pela aplicação do dinheiro público?".

Bonner finalizou cobrando do órgão competente uma apuração rápida da fraude com o objetivo de resguardar a confiança dos cidadãos.

Segundo a Caixa, já foram transferidos mais de R$ 35,5 bilhões do Auxílio Emergencial em todo o território nacional. A segunda parcela também começou a ser paga nesta semana.

Fraude no Auxílio Emergencial pode levar a prisão

Os fraudadores que se utilizam de métodos avançados para obter dados de pessoas físicas, (como a clonagem de cartões, mediante dispositivos maliciosos, geralmente instalados em caixas eletrônicos) podem ser identificados e presos.

O combate ao crime organizado tem sido objetivo de diligências da Polícia Federal.

Aqueles que forem investigados por fraude no Auxílio Emergencial poderão responder pelo crime de furto mediante fraude. A pena para esse tipo de delito varia de 2 a 8 anos de reclusão.