O seriado “Chaves” marcou a infância de muita gente. Os bordões “Isso, isso, isso!”, “Foi sem querer, querendo” e “Não contavam com minha astúcia” são recordados com muito carinho pelos fãs. O seriado humorístico, que contou com diversas temporadass completa este ano 46 anos de exibição ininterrupta na TV. Como uma comédia, sem classificação etária, Chaves fez sucesso não só em seu país de origem, mas também no Brasil, onde é exibido pela emissora SBT.

O diretor da série, Roberto Gómez Bolaños, conhecido como Chespirito, inovou e não imaginava o sucesso que faria.

Com um elenco de peso, formado por Quico (Carlos Villagrán), Senhor Barriga (Édgar Vivar), Chiquinha (María Antonieta de Las Nieves), Seu Madruga (Ramón Valdés), Dona Florinda (Florinda Meza) e Chaves (Roberto Gómez Bolaños) muitos fãs não imaginam, que alguns desses atores nem pensavam em ser atores. Veja como eram esses atores antes da fama.

Quico

Quico surgiu como um sonho do ator Carlos Villágran. O mesmo, ao contar sua trajetória, referenciava os palcos como um sonho de sua infância. Todavia, o caminho para Carlos não foi repleto por flores. O ator, que não era filho único, viveu de forma bem humilde em sua infância, e chegou a acreditar que não conseguiria ser ator.

Aos 23 anos, Carlos trabalhava como fotógrafo e conciliava a profissão com o curso de teatro, até receber o convite de Roberto Gómez para o seriado Chaves.

Professor Girafales

Agrônomo de formação, o ator Ruben Aguirre nunca negou trabalho. Diversas foram as profissões pelas quais o ator passou, e a última foi a de executivo do Canal 6, onde Roberto trabalhava como diretor.

Ruben decidiu aproveitar a oportunidade dada de interpretar ao lado de Roberto, e largar a profissão de executivo. E assim o ator foi parar em diversas produções com Roberto, sendo a última produção a de Chaves.

Dona Florinda

Florinda, esposa de Roberto, nutria sonho pela carreira de atriz e por ela lutou.

A dama conciliava o trabalho de secretária, para pagar os custos do curso de teatro.

"Bruxa do 71"

Angeline Fernandez, "a bruxa do 71", tem no passado a marca de ativista. A atriz já lutou contra a ditadura, e encontrou-se no teatro quando se mudou para a Espanha e conheceu Roberto Gómez.

Seu Barriga

Édgar Vivar, apesar de ter começado a sua carreira no teatro e ser graduado desde 1964, tinha o sonho de ser médico. Não abandonando o sonho, o ator se formou em 1970 em medicina e conciliava a profissão com as gravações de Chavez. Roberto Gómez Bolaños sempre viu sua trajetória ligada aos palcos, aos roteiros, e apesar de ser formado em engenharia elétrica, abriu mão da carreira em prol da dramaturgia.

Poucos fãs, sabiam dessas revelações surpreendentes sobre a vida fora da fama dos atores de Chaves. Uma felicidade a mais para o teatro é saber que, apesar das idas e vindas, os palcos continuaram sendo a paixão desses astros. E tudo deu certo, o amor e a dedicação, os fizeram ser reconhecidos e ter seu seriado, transmitido por 45 anos ininterruptamente nas telinhas.