A dentista Roberta Pacheco, de 22 anos, estava internada em coma induzido desde o dia 4 de março. Neste domingo (17) a jovem não resistiu e morreu por volta das 13h30. O enterro foi na manhã desta terça (18) na cidade em que nasceu, Três Marias, município de Minas Gerais.

Daniel Tolentino, namorado de Roberta, foi preso temporariamente, uma vez que em sua casa foram encontrados diversos medicamentos e dinheiro cujas origens ele terá que explicar à Polícia.

Histórico do caso

Na madrugada da terça-feira (5) Roberta estava com Daniel Tolentino de Sousa em um hotel em Patos de Minas, em Minas Gerais. De acordo com Daniel, ela começou a se sentir mal durante o ato sexual. Ele, desesperado, pediu socorro aos gritos no corredor do hotel enquanto aplicava as técnicas de reanimação. O médico oftalmologista disse que a única coisa que a moça ingeriu foi um drinque chamado xeque-mate, que é uma mistura de vodca com chá mate. Ele nega que tenham feito uso de drogas e disse não saber se a moça usava alguma medicação.

De acordo com relatos policiais do porteiro do hotel, Daniel se hospedou na parte da manhã e à noite chegou acompanhado de Roberta.

O médico saiu por volta das 2h para buscar algo no carro e às 3h foram ouvidos pedidos de socorro. O porteiro conta que subiu para ver o que estava havendo e viu Roberta com um par de algemas e objetos de uso sexual espalhados sobre a cama. Ele afirmou ainda que não viu bebidas ou drogas no quarto e que do frigobar haviam consumido apenas água e refrigerante.

O corpo da moça apresentava hematomas e foram feitos exames toxicológicos e de perícia na jovem que deu entrada no hospital e teve o coma induzido até a manhã do dia 17, quando faleceu.

Médico detido como suspeito

O oftalmologista Daniel Tolentino, que passava a noite com a moça, foi detido pela polícia como suspeito do crime, uma vez que a polícia, após diligência na casa do médico, encontrou alguns medicamentos e dinheiro de origem duvidosa.

O advogado de Daniel não quis se pronunciar para o G1, quando procurado.

O delegado responsável pelo caso, Hélio Rodovalho, disse que há alguns mandados de busca e apreensão a serem cumpridos e, num primeiro momento, trabalham com a premissa de que o casal usou drogas no dia em que a jovem passou mal e que isso pode ter ocasionado as convulsões e a parada cardíaca na moça. O dr. Hélio afirma que as investigações apontarão o que, de fato, ocorreu no quarto no dia em que a moça passou mal e o que pode ter ocasionado sua morte.