De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, dentre 1.000 bebês, de 2 a 7 apresentam a Síndrome Alcoólica Fetal. O diagnóstico da síndrome não é fácil e ainda não há cura.

Reportagem da BBC Brasil relata o caso de dois jovens, Raquel e Andy, que sofrem da síndrome. Raquel, que tem 16 anos, parou de crescer quando tinha 10 anos, e Andy tem muitos problemas com a memória. A mãe de ambos consumiu álcool abundantemente durante a gravidez.

Os sintomas de Andy e Raquel

Adotado por uma família desde muito pequeno, Andy tinha ataques de pânico e tarefas cotidianas simples, como escovar os dentes, não eram nada fáceis para ele, além da enorme dificuldade de concentração.

Fisicamente, o rapaz tem problemas com a má formação da mandíbula e, por conta disso, precisou passar por uma cirurgia.

A maioria dos problemas que Raquel apresenta são físicos, como por exemplo a dificuldade de percorrer longas distâncias a pé, mas ela também apresenta outros problemas, como é o caso de hiperatividade e déficit de atenção.

O diagnóstico foi difícil e não há cura para a síndrome, mas o tratamento pode incluir medicamentos para alguns sintomas, terapia comportamental, treinamento dos pais.

Principais sintomas

O sintoma mais fácil de ser notado é o déficit de crescimento, como o apresentado por Raquel, alterações faciais, como a má formação da mandíbula de Andy e atraso no sistema neuropsicomotor, apresentado por ambos.

Muitos outros sintomas e intercorrências podem advir da Síndrome Alcoólica Fetal, dentre os quais podemos destacar as diversas alterações na face, retardo no crescimento físico e mental, problemas comportamentais e de aprendizagem, comprometimentos de diversos órgãos, sobretudo os que têm ligação direta com o sistema nervoso central.

É ainda possível que a criança nasça com microcefalia problemas em órgãos vitais, como é o caso do coração, fígados e rins e má formação auditiva e visual.

Prevenção

A Mulher que deseja engravidar deve parar de consumir álcool durante o período pré-concepção (de quatro a seis semanas antes da gravidez) e aquelas que descobrem a gravidez, quando não planejada, devem parar imediatamente com o uso da bebida.

Sabemos que algumas pessoas podem sofrer com a abstinência e devem recorrer à ajuda de profissionais para passar pelos meses de gestação sem o uso da droga que é o álcool. Uma vez que não há cura, há apenas medidas paliativas para os filhos que nascem com a síndrome. Prevenir é o melhor remédio que a Ciência recomenda.