Segundo informações da Agência Brasil, a presidente Dilma Rousseff, juntamente com Jaques Wagner e o ex-presidente Lula, convocou às 14h deste quinta-feira (24) uma coletiva de imprensa somente para correspondentes internacionais de jornais de seis países.

A coletiva de imprensa com os correspondentes internacionais aconteceu para o Planalto falar sobre Impeachment, crise e economia.

A presidenta deu entrevista ao El País (Espanha), The Guardian (Inglaterra), The New York Times (Estados Unidos), Pagina 12 (Argentina), Die Zeit (Alemanha) e ao Le Monde (França).

Quando o processo de impeachment foi aberto contra Dilma alguns desses jornais abordaram sobre o tema.

O PT classifica como golpe o pedido de impeachmentque transita na Câmara. Segundo o partido também faz parte dessa campanha de golpe a grande imprensa brasileira.

Várias entidades já se manifestaram contra o impeachment da presidente, entre elas a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe da ONU, que no dia 22 emitiu uma nota apoiando a constitucionalidade do Governo Dilma e alertando que a democracia no país está “ameaçada”.

Perseguição da imprensa

A mídia internacional televisionada e impressa tem criticado duramente grande parte da imprensa nacional. Um dos últimos ataques à imprensa brasileira veio da revista alemã Der Spiegel, que classificou os ataques ao governo de tentativa de “Golpe Frio”, tanto da imprensa, como da oposição e do judiciário.

No último dia 19, a Al Jazeera dedicou pouco mais de oito minutos do seu programa, The Listening Post, para falar sobre a cobertura que a imprensa fez do protesto antigoverno.

No programa foi abordado sobre o apoio que a impressa brasileira (impressa e televisionada) presta para as manifestações antigoverno. O programa informa por exemplo que a TV Globo, na manifestação de 13/03, suspendeu sua programação diária para fazer a cobertura ao vivo da manifestação.

O canal descobriu que a manifestação foi incitada pela imprensa, e que jornalistas da Globo fazem agitações antigoverno.

O jornalista João Feres informou ao canal que a manifestação incitada pela imprensa e jornalistas foi formada por pessoas brancas, de alta classe média e da parte mais rica do país e que não gostam do PT.

O jornalista investigativo Pepe escolar declarou que a manifestação foi uma grande demonstração de carnaval.

O canal também denunciou que a imprensa brasileira pertence as famílias mais ricas do país, sendo a Rede Globo dos Marinhos, Grupo Abril dos Civitas, Grupo Folha dos Frias, Grupo Bandeirantes dos Carvalhos, e Rede Record da família Macedo.

Para Carolina Matos, jornalista, está claro que existe um sentimento de que os proprietários da mídia não conseguem conviver com a mudança, ela disse ainda que todo tipo de ideologia que está sendo percebida como progressiva está sendo “constantemente criticada”.

Feres diz que a ideia de alguns investigadores é utilizar a imprensa juntamente com o judiciário contra o governo, ele disse ainda que a imprensa brasileira acusa mesmo antes das investigações serem instaladas, e as pessoas atingidas por estas acusações nunca mais têm a mesma reputação perante a opinião pública.

A reportagem cita uma acusação feita por um jornalista, Alex Quadros, contra às revistas Veja e Época por terem publicado reportagens [de dois anos atrás] com denúncias contra o governo que elas não tinham nenhum documento que comprovassem o que estavam tentando incriminar.

Matos disse que as pessoas estão conscientes de que hoje alguns setores da mídia estão tentando tirar vantagens dessa questão para forçar um impeachment, forçar um golpe através do sistema judiciário.

Para Escobar, o país vive uma guerra contra a corrupção, com crise Política e econômica misturada com guerra de informações, tudo ao mesmo tempo.