Um detento foi morto queimado na tarde desse domingo (21), no Complexo de Pedrinhas, no Maranhão. O homem foi preso após abusar sexualmente de uma mulher com problemas mentais. Câmeras de monitoramento conseguiram registrar a ação do abusador. As imagens vazaram nas redes sociais e logo a polícia conseguiu identificar Breno Caetano, de 34 anos. Ele foi encaminhado para o Complexo de Pedrinhas.

O acusado chegou no dia 12 de janeiro. Na ocasião, nenhum detento sabia que Breno havia sido preso por abusar de uma mulher com problemas mentais. Uma pessoa acabou vazando essa informação.

De imediato, um grupo de detentos se reuniu e resolveu fazer justiça com as próprias mãos.

No momento do banho de sol nesse domingo, acabou tendo uma confusão no pátio. No tumulto, Breno levou um soco na rosto e desmaiou na hora. Em seguida, um detento se aproveitou da situação e jogou um líquido inflamável no corpo do preso, e logo depois acendeu. Breno acabou não resistindo às queimaduras e morreu no local.

Outros presos que presenciaram a ação começaram a filmar o acusado pegando fogo. Nenhum agente prisional estava no momento em que o acusado de estupro estava sendo queimado.

Uma ambulância do Instituto Médico Legal (IML) foi solicitada para retirar o corpo do acusado, que irá passar por uma perícia antes de ser liberado para o sepultamento.

A família do detento morto já foi informada sobre o fato. Um primo de Breno, que não quis se identificar, disse que já sabia que o pior poderia acontecer.

''Todo mundo sabe o que acontece quando um estuprador chega à cadeia. Mas isso não era motivo para meu primo morrer dessa forma tão covarde e cruel'', afirmou. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária se posicionou sobre o assunto.

Um porta-voz disse que os vídeos feitos pelos detentos serão analisados e os responsáveis pelo crime serão punidos. Até o momento, nenhum detento foi identificado nas imagens.

Um agente que trabalhava no dia do crime disse que diuturnamente acontecem confusões. ''A todo o momento acontece uma briga, e muita das vezes não conseguimos controlar a situação''.

Ele não respondeu sobre como o detento conseguiu o material inflamável utilizado para colocar fogo no detento.

O Complexo de Pedrinhas, no Maranhão, é considerado um dos seis piores presídios do Brasil. Atualmente, o Brasil possui 1,474 presídios, onde a maioria se encontra com superlotação.