O jornal Folha de S. Paulo divulgou neste sábado (22) uma matéria que trouxe informações importantes sobre o inquérito no caso do agressor de Jair Bolsonaro. Segundo o repórter da Folha, Rubens Valente, responsável pela apuração jornalística, o inquérito da PF mostra que Adélio Bispo, agressor de Jair Bolsonaro, trabalhou como garçom em Santa Catarina onde recebia por volta de R$ 70 por dia, já em Curitiba (PR) Adélio trabalhou como açougueiro. Também chama a atenção o fato de Adélio Bispo ter trabalhado como sushiman, atividade que requer habilidade e agilidade com facas.
Segundo informações apuradas pela matéria da Folha, a PF (Polícia Federal) afastou a hipótese de que o agressor de Jair Bolsonaro tenha recebido dinheiro em sua conta para que executasse o crime contra a vida do presidenciável, no comício realizado na cidade de Juiz de Fora em Minas no dia 6 deste mês (setembro).
Rodrigo Morais, presidente do inquérito e delegado do Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal do Estado de Minas, denotou que o crime em si deve ser finalizado até essa sexta-feira (28), no entanto, mesmo que esse termine, outro inquérito é avaliado pelo órgão policial com o intuito de investigar mandantes ou instigadores do crime.
O dinheiro de recurso trabalhista de Adélio, cartão e computador pessoal
A PF constatou que dinheiro encontrado com o agressor era referente ao trabalho como garçom no estado de Santa Catarina. Adélio também tinha em sua posse um cartão de crédito internacional, este no entanto fora cedido de maneira automática pelo banco em conta-salário de outra empresa, segundo a Polícia Federal o cartão nunca foi utilizado.
O computador pessoal de Adélio foi, segundo a PF, utilizado no ano passado, era antigo e estava quebrado.
Com relação à hospedagem em pensão na cidade de Juiz de Fora, a PF concluiu que Adélio tinha condições de fazer o pagamento adiantado já que um recibo comprova o pagamento, por ocasião, o mesmo estava à procura de emprego.
Cúmplices são descartados por hora, mas investigações seguem em curso
A Polícia Federal descarta por hora o envolvimento de supostos cúmplices no caso com relação ao repasse da faca ao agressor; uma mulher teria procurado a PF na busca de proteção, alegando ameaças em mídias sociais.
As investigações apontam que Adélio sabia utilizar e manejar bem uma faca, principalmente por seus histórico, e o fato de açougue ter dispensado um "padrinho" ao constatar que o mesmo sabia utilizar bem as lâminas.
A faca utilizada por Adélio vinha sendo guardado pelo mesmo, meses antes do crime.