Nise Yamaguchi teve seu nome ventilado na tarde desta terça-feira (21) pela grande mídia após ter anunciado sua pré-candidatura no pleito ao Senado Federal. Imunologista e oncologista, a médica deverá concorrer pelo estado de São Paulo.
Até o presente momento, não há a confirmação oficial de que Nise Yamaguchi esteja "fechada" oficialmente com algum partido. O anúncio foi feito através das próprias mídias sociais da médica.
Em contraponto a não estar em um partido, por hora, Nise destacou sua independência: "[...] Não tenho partido. Não sou política....[...]" ressaltou a profissional, embora sinalizando que em breve deva se afiliar a um partido para a disputa.
"Não sei ainda qual partido eu vou acolher", ressaltou.
Conhecida pela defesa do tratamento precoce da Covid-19, Nise foi uma das pessoas a participarem de uma espécie de 'sabatina' feita por parlamentares no contexto do chamado "gabinete paralelo" do então presidente Jair Bolsonaro do PL por suposto envolvimento.
De acordo com o site Poder 360, a então pré-candidata fez uma live em seu Instagram anunciando sua intenção no pleito. Mídias como O Globo o Uol e Jovem Pan também noticiaram.
Nise Yamaguchi aponta perfil partidário
Na linha do que acenou a pré-candidata, Nise mostrou-se um tanto receosa de como a política geralmente funciona, um exemplo disso foi quando se referiu ao 'toma lá dá cá', jargão para denotar acordos.
Dado o tom, a médica destacou que não irá querer cumprir acordos que não consiga cumprir, colocando assim, a sua ética em contraponto e ao que chamou de permissão de Deus como uma condicionante à sua eleição em uma cadeira no Senado. Caso esta projeção não seja concretizada, Nise pontuou: "Vou continuar meu trabalho de formiguinha."
Acontecimentos recentes
Nise Yamaguchi já teve seu nome 'linkado' em polêmicas resultantes de seu posicionamento com relação à Covid-19, em particular a hidroxicloroquina como tratamento precoce algo rejeitado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e, a despeito de sua visão em relação ao tema sensível, a Dra também foi alvo de humilhações e muito constrangimento enquanto ela respondia às perguntas que eram direcionadas à sua pessoa na famigerada CPI da pandemia.
No mês de junho, Nise Yamaguchi moveu uma ação na Justiça contra Otto de Alencar e Omar Assiz, ambos do PSD (Otto pela Bahia e Assiz- Amazonas. Na ocasião, o pedido foi cravado em danos morais, o valor chegou na casa dos R$ 320 mil.
"A senhora não sabe, infelizmente a senhora não sabe nada de infectologia, nem estudou doutora, a senhora foi aleatória mesmo, superficial", desdenhou Otto.
Em declarações mais recentes, a pré-candidata já admitiu ter questionado sua própria presença na audiência da CPI ao qual foi convidada a depor.