Uma barragem da empresa Vale se rompeu na tarde desta sexta-feira (25) na cidade de Brumadinho, na Grande Belo Horizonte. Até a publicação desta matéria, duas pessoas feridas haviam sido resgatadas pelo Corpo de Bombeiros. Ainda não há informações sobre outras vítimas e nem dos estragos causados. Imagens aéreas do Corpo de Bombeiros mostraram um mar de lama. A empresa disse que, no momento, vai priorizar a integridade de seus funcionários e das pessoas da comunidade.
Os moradores da região estão em estado de alerta. As prefeituras das cidades vizinhas lançaram comunicados pedindo para as pessoas se manterem distantes do local do acidente.
"Atenção! Comunicado Urgente. População de Brumadinho, mantenha distância do leito do Rio Paraopeba", diz o comunicado.
A Vale divulgou uma nota dizendo que foi atingida a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco.
O Governo de Minas Gerais está todo em alerta. Já foram colocados em ação planos de emergência próprios para esse tipo de desastre.
O presidente Jair Messias Bolsonaro se reuniu com o ministro-chefe da pasta, Onyx Lorenzoni, para discutir o rompimento da barragem.
Nas imagens que estão na internet é possível ver casas destruídas pelo mar de lama. Algumas só é possível ver os telhados, outras foram completamente cobertas.
Mais videos de pessoas desesperadas ao ver que a lama passa a poucos metros da sua casa após o rompimento da barragem em #Brumadinho - MG pic.twitter.com/gc1XHeX8rs
— R.I.A (@RedeInfoA) January 25, 2019
🚁⚠️ ROMPIMENTO DA BARRAGEM: a equipe da Itatiaia sobrevoa a região de Brumadinho. Em destaque no vídeo, a ponte de linha férrea que se rompeu. pic.twitter.com/gBz1YRTNIZ
— Rádio Itatiaia (@radioitatiaia) January 25, 2019
Desastre de Mariana
Há três anos, ficou marcado o rompimento da barragem de Mariana.
Morreram 19 pessoas e outras dezenas ficaram feridas. A barragem de Fundão abrigava cerca de 56,6 milhões de m² de lama de rejeito. Desse total, 43,7 milhões de m² vazaram. Os rejeitos atingiram os afluentes e o próprio rio Doce, destruíram distritos e deixaram milhares de moradores da região sem água e sem trabalho. Até hoje a empresa responde processo na Justiça sobre os danos causados.
Várias famílias ainda buscam na Justiça o direito de serem indenizadas pela empresa. Os danos ambientais também não foram reparados pela empresa.
As pessoas que foram vítimas desse desastre até hoje têm problemas para aceitar. Um morador fez um desabafo dizendo que perdeu tudo. "A partir daquele momento, nosso universo estava todo destruído.
Não havia mais nossas paisagens, nosso trabalho, perdemos o vínculo com os amigos”, desabafa Marino D'Ângelo Junior. Atualmente ele mora em uma casa alugada em um distrito de Mariana. Assim como outros moradores da comunidade, Marino também desenvolveu problemas de saúde que estão indiretamente ligados ao desastre.