Nesta segunda-feira (21), Caio Santos de Oliveira, de 21 anos, foi preso em Campinas (SP) após confessar à Polícia que matou uma travesti. Em depoimento, ele confessou que arrancou o coração da vítima.
A polícia abordou Caio na rua após vê-lo com atitude suspeita. Ao ser interrogado pelos policiais, ele deu informações falsas sobre sua identidade. Os policiais então desconfiaram do comportamento do rapaz e fizeram mais perguntas. A polícia conta que ele dava informações desconexas. Caio também estava com marcas de arranhões em todo o corpo, isso também chamou a atenção das autoridades.
Depois de insistirem, Caio confessou que assassinou a travesti. O nome que consta na certidão de nascimento dela é Jenilson José da Silva. Caio então levou os policiais até a casa dele. Quando chegaram, eles avistaram o corpo com o tórax aberto com uma santa por cima. Ele havia aberto o tórax dela e guardado o coração envolvido em um lenço. Assim que a polícia viu, deu voz de prisão a ele e o levou à delegacia.
Caio sorri ao contar como foi o assassinato
Vários repórteres aguardavam a saída de Caio da delegacia. Perguntado sobre o que o motivou a cometer o crime, ele sorriu e disse: "Ele era um demônio, eu arranquei o coração dele. É isso. Não era meu conhecido. Conheci ele à meia-noite", disse sorrindo para a câmera.
Os policiais contam que o suspeito manteve relação sexual com a travesti antes de matá-la.
Crimes contra travestis
As travestis estão num grupo de grande vulnerabilidade. De acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), apenas em 2017 foram contabilizados 179 assassinatos de travestis ou transexuais. Isso significa que, a cada 48 horas, uma pessoa trans é assassinada no Brasil.
Mesmo com esses altos números, no Brasil não há uma lei especifica que criminaliza a violência contra homossexuais e toda comunidade LGBT.
O assassinato da travesti Dandara foi outro crime que assustou o Brasil. Em 2017, ela foi morta por vários homens com requinte de crueldade. O fato aconteceu em Fortaleza. Dandara era bastante conhecida na comunidade onde vivia.
O crime foi gravado por um dos agressores e o vídeo foi divulgado na internet.
"Depois das agressões, levaram [Dandara] até outro local, próximo de onde foram feitas aquelas imagens. Como é visto nas imagens, ela foi brutalmente, covardemente, assassinada através de um disparo de arma de fogo", detalhou o delegado responsável pelo caso na época.