Um homem acusado de ter provocado a morte de um menino de oito anos ao cometer um atentado contra o tio dele foi morto na madrugada da última segunda-feira (14), com 20 tiros, após um grupo de homens armados invadir a casa onde ele se escondia, no Parque Residencial Paquetá.
João Vitor Fonseca Cardim, vulgo “JV”, de 20 anos, foi levado até a rua e executado pelo grupo composto por oito pessoas, todas encapuzadas.
O caso aconteceu na cidade de Eunápolis, no sul da Bahia, a 526 quilômetros de Salvador.
Como tudo começou
No dia 6 de janeiro, primeiro domingo do ano, Joelson Neto França de Oliveira, de oito anos, estava em um bar com outros familiares, no bairro Gusmão, quando por volta das 14h30, o atirador chegou em um carro e começou a efetuar disparos. Atingido no lado esquerdo do peito, o menino chegou a ser socorrido por uma equipe do SAMU, que ficou por cerca de uma hora fazendo os procedimentos para tentar salvar o garoto, mas ele morreu a caminho do hospital.
O alvo era Iago França dos Anjos, de 24 anos, que supostamente tinha dívida com traficantes, que foi baleado, ficando gravemente ferido, mas sobreviveu após ser encaminhado ao Hospital Regional de Eunápolis.
Não há informação se ele teve alta médica.
Em depoimento à Polícia, Iago admitiu que tinha dívidas com o tráfico, mas que quitou semanas antes de sofrer o atentado e que havia deixado o tráfico. Em 2016, ele já havia sido preso por porte ilegal de arma de fogo.
Imagens das câmeras de segurança registraram a ação. O atirador se aproxima das vítimas e espera o momento certo para atirar e depois foge do local a pé.
Acusado foi ao velório
Apontado como autor do ataque que vitimou o garoto de oito anos, João Vitor acompanhou o velório do menino. No local, ele chegou até mesmo a prestar condolências aos familiares da vítima. Ele fez tudo isso mesmo sendo procurado pela polícia, no entanto, quem acabou o encontrando foi um grupo armado, que invadiu o local onde ele estava escondido, o levou até a rua e o executou com 20 tiros à queima roupa.
Duas linhas de investigações são seguidas pela polícia
A polícia trabalha com duas hipóteses para este crime. A primeira delas é que pode se tratar de uma represália por conta da morte do garoto. Já a segunda aponta para o fato de João Vitor ser considerado um “arquivo-vivo”. Durante as investigações, a polícia descobriu que o ataque foi motivado a mando de um traficante, que cobrava uma dívida de 400 reais.