Todos os dias muitos crimes acontecem por todo o Brasil, mas alguns costumam repercutir mais do que outros devido às pessoas envolvidas. É o que está acontecendo na cidade de Mogi das Cruzes, em São Paulo.
Nesta quarta-feira (23), a Polícia Civil da cidade prendeu Adir Neto Teodoro. O homem é suspeito de mandar matar a ex-nora, Mirele Peixoto, de 22 anos. O corpo dela foi encontrado em um matagal no dia 15 de janeiro.
A morte já é chocante por si só e ganha contornos ainda mais dramáticos quando se considera que o suspeito do crime é pastor da Igreja Assembleia de Deus, Ministério do Belém, uma das mais sólidas e respeitadas igrejas evangélicas do Brasil.
O homem é suspeito de ter mandado matar a ex-nora, mas se defende das acusações. "Eu não fiz nada", disse ele. O pastor afirma que não praticou nada nem mandou matar ninguém. Ele afirma não ter matado Mirele e disse que só falaria em juízo durante depoimento prestado na Delegacia Seccional de Mogi das Cruzes.
A polícia acredita que o pastor tenha mandado matar Mirele e outra pessoa executou o crime. As investigações prosseguem para tentar descobrir a motivação. O delegado Rubens José Ângelo, responsável pelo Setor de Homicídios de Mogi, acredita que isso tenha ocorrido por conta de desentendimentos com a vítima.
A polícia também informou que a vítima foi casada por dois anos com um filho de Adir.
A separação informal aconteceu há seis meses. Deste relacionamento, nasceu uma criança que tem apenas oito meses de vida.
Prisão temporária
A Justiça decretou a prisão temporária do pastor e ele vai responder por homicídio triplamente qualificado (dificultou defesa da vítima, feminícidio e meio cruel, já que Mirele morreu com um tiro na nuca) e também ocultação de cadáver.
O corpo da jovem foi encontrado no dia 15 de janeiro em uma área de mata na beira da Estrada do Taboão. A polícia acredita que ela tenha sido morta no mesmo local onde ocorreu o crime e estava sem nenhum documento quando o corpo foi encontrado.
A polícia não deu detalhes sobre a investigação criminal. Imagens da vítima no trajeto próximo ao local onde o corpo foi encontrado foram determinantes.
O pastor aparecia nas imagens. Os dois passaram por uma loja de conveniência de um posto na Rodovia Ayrton Senna.
A polícia suspeita que o homem que matou Mirele estava em um carro parado neste posto. Quando o pastor e a ex-nora chegaram ao posto, este veículo já estava lá. Quando eles saíram, o carro foi atrás.