Um ajudante de pedreiro de 49 anos foi preso em flagrante na cidade de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, suspeito de violentar uma menina de 5 anos. O delito aconteceu no domingo (13) e foi registrado na madrugada de segunda-feira (14), na Delegacia da Mulher da cidade.
Apesar de o suspeito negar as acusações para a delegada Fernanda Barros durante o interrogatório, a mãe da criança relatou que ela estava rezando e acabou percebendo que sua filha não estava mais ao seu lado e foi procurá-la no banheiro e outros locais da igreja. Quando chegou ao pátio, enquanto seguia para a cozinha da igreja, ela avistou Luiz com a calça abaixada e a menina com o rosto na altura de seu pênis.
O homem, no entanto, relatou no momento que na verdade ele havia ido urinar naquele canto e a garotinha o seguiu.
Já a menina alegou que o homem a puxou pelo braço e forçou-a a ir até o local. A Polícia Militar foi chamada e o suspeito foi preso na casa de seu cunhado.
Ele responderá pelo crime de estupro de vulnerável, pena que vai de 8 a 15 anos de prisão. Na manhã desta terça (15), após a audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva.
A delegada titular da Delegacia da Mulher disse que o caso vai para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca).
Mato Grosso do Sul é campeão em casos de abuso de crianças e adolescentes
O estado do Mato Grosso do Sul é recordista em número de violência sexual contra crianças e adolescentes no país.
São cerca de 54 casos registrados para cada 100 mil habitantes. Estes dados foram apresentados pelo governo do Estados, decorrente dos números levantados pela Secretaria de Justiça do estado.
Os dados apontam que pelo menos um caso por dia é denunciado à polícia, sendo que a maioria (70%) dos agressores têm convívio próximo com a vítima e quase sempre são pessoas da própria família.
Violência contra mulher também é alta no estado
O Mato Grosso do Sul tem também umas das maiores taxas de homicídios de mulheres do Brasil, são 6 por 100 mil habitantes. O que o deixa na sexta colocação, uma taxa altíssima levando-se em consideração que existem 27 estados na União. Os dados são do Atlas da Violência de 2018, de autoria do Ipea.
Em 2016, por exemplo, foram mortas 80 mulheres no estado, um aumento de 37,9% em relação ao ano anterior, que somou 58 casos. Foi um aumento ainda maior quando são analisados os dados da última década. Como base no ano de 2006, houve um aumento de cerca de 45%.