Desde a última quinta-feira (17), dia em que a Caixa Econômica Federal (CEF) divulgou a liberação do novo lote dos benefícios PIS/Pasep, milhares de brasileiros estão com dúvidas quanto ao direito de receber o benefício ou não.

Aproveitando essa oportunidade, criminosos estão utilizando o aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp para aplicar um novo golpe nos usuários mais desavisados que ainda não realizaram a consulta para saber se tem direito ao recebimento do PIS/Pasep.

Como funciona o golpe?

O golpe consiste em uma mensagem de texto que disponibiliza ao usuário um link "malicioso" em nome da Caixa Econômica Federal (no total quatro links diferentes estão circulando), juntamente com um texto que oferece uma consulta online ao PIS/Pasep.

De acordo com a empresa especializada em segurança, PSafe, ao clicar no link, o usuário é direcionado a uma página "falsa" da Caixa Econômica Federal, que contém a informação de que a CEF está liberando “PIS salarial para quem trabalhou entre 2005 a 2018, no valor de R$ 1.223,20”, e logo abaixo a pessoa é induzida a preencher um formulário com algumas perguntas básicas, como, por exemplo, se possui o cartão cidadão para realizar o saque.

A PSafe explica que esse questionário é somente uma isca e serve para passar "credibilidade" ao usuário quanto a idoneidade da página.

Independente das respostas do usuário, após o preenchimento, o mesmo é direcionado a uma página final, onde é incentivado a compartilhar a mensagem que contém o link, recebido no WhatsApp, com no mínimo 30 contatos.

O que os golpistas ganham com isso?

A PSafe esclarece que é aí onde os golpistas lucram, pois, a intenção dos mesmos é conseguir um número enorme de usuários que acessem essas páginas falsas, que estão repletas de anúncios publicitários, que por sua vez, pagam um certo valor por cada visualização. Então quanto maior número de usuários visitarem essas páginas, mais bem sucedido e lucrativo será o golpe.

Golpes parecidos já foram detectados em anos anteriores, como, por exemplo, no ano de 2018, quando um golpe semelhante atingiu cerca de 3,2 milhões de acessos em suas falsas páginas, de acordo com a PSafe.

O que pode ser feito para se proteger de golpes desse tipo?

De acordo o Dfndr Lab, laboratório da PSafe especializado em cibersegurança, é muito importante se manter atento às mensagens que contém links externos, mesmo que tenham sido enviados por um de seus contatos, não preencher nenhum formulário duvidoso e manter sempre um antivírus atualizado.

Na dúvida, é recomendado checar a veracidade das informações através dos motores de busca ou diretamente nos sites oficiais em questão.