Mesmo diante da declaração de Nicolás Maduro sobre fechar as fronteiras, o presidente Jair Bolsonaro diz que irá manter a ajuda humanitária, atitude que vem causando divisão em sua cúpula militar. Há meses que ocorre um grande drama com os venezuelanos. Situação esta que se agravou em janeiro, quando Juan Guaidó se autodeclarou presidente do país. O cenário político se tornou ainda mais caótico e a população, que já sofria com a falta de alimentos e medicamentos, deparou-se com um quadro ainda pior.

Diante da atitude tomada por Juan Guaidó, alguns países o reconheceram e o apoiaram como novo presidente da Venezuela, o Brasil é um destes países, que inclusive se dispôs a enviar ajuda humanitária.

Divisão na cúpula militar

Segundo informações publicadas pela coluna Mônica Bergamo, na edição desta terça-feira (26) da Folha de S.Paulo, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, da Secretaria do Governo, manifestou-se totalmente contra a ajuda humanitária, dizendo que o Brasil não deve se envolver. Já o General Fernando Azevedo e Silva, da Secretaria da Defesa, apresenta-se com opinião oposta, dizendo que o país tem obrigação moral de ajudar a Venezuela.

Ainda segundo o jornal, o general Fernando Azevedo e Silva afirmava que o presidente Jair Bolsonaro havia reconhecido Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, portanto não deveria negar o pedido de ajuda feito por ele. O general ainda lembrou que existem decretos e leis que garantem direitos e deveres entre países vizinhos quanto a ajuda humanitária.

Houve também quem demonstrou uma posição neutra sobre o tema, foi o caso do general Augusto Heleno, ele apenas se mostrou contra colocar a população contra Maduro.

Consenso

Mas diante da divisão de opinião, todos concordam que se caso Maduro consiga impedir a tentativa de ajuda humanitária, ele estará ainda mais fortalecido, e que há grande possibilidade de que ele continue por muito tempo ainda no poder.

A missão na fronteira

A missão levará medicamentos e alimentos para os venezuelanos que sofrem com a escassez, tudo irá ficar armazenado em Boa Vista, para que veículos da Venezuela possam vir retirar as doações, mesmo com o fechamento da fronteira, ordenado pelo presidente Nicolás Maduro. Mesmo assim, o presidente Jair Bolsonaro manteve a ajuda humanitária.

O fechamento das fronteiras tem causado grande revolta em toda população, que sofre com a fome e falta de medicamentos, enquanto vários países, além do Brasil, unem-se para enviar ajuda que é impedida de chegar até quem tanto precisa.