A taxa de desemprego no Brasil voltou a subir no mês de janeiro, chegando a atingir os 12%, o que significa que 12,7 milhões de brasileiros estão desocupados. Esses foram os números divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (27).
A lenta recuperação do mercado de trabalho é agravada pelo alto número de desalentados e subutilizados diante de um cenário econômico inexpressivo.
Em 2018, a taxa média de desemprego caiu de 12,7% para 12,3%, mas essa queda foi causada principalmente pelo surgimento das Vagas de trabalhos informais e dos trabalhadores por conta própria.
O índice de pessoas que passaram a exercer alguma atividade por conta própria bateu recorde e ultrapassou os 23 milhões de pessoas.
As atividades mais praticadas por quem resolveu abrir seu próprio negócio foram o comércio, transporte, alimentação e alojamento, dando principal destaque ao transporte de pessoas com o uso de aplicativos, que vem facilitando o ingresso informal no mercado de trabalho.
Dispensas pós final de ano
Outro agravante são as dispensas que ocorrem após as contratações no final de ano. Com o aumento da demanda de mão de obra devido às festas de final de ano, muitas empresas e comércios contratam funcionários temporários, que acabam sendo dispensados no mês de janeiro, engrossando ainda mais a taxa de desemprego.
Comparado com o trimestre anterior, entre agosto e outubro de 2018, houve um acréscimo de 0,3% na taxa de desemprego, o que significa mais 318 mil pessoas desempregadas.
Trabalho sem carteira assinada
O número de trabalhadores com carteira assinada caiu 2,8% se comparado com o trimestre anterior, ou seja, são 321 mil pessoas a mais, trabalhando sem carteira assinada.
Já o número de trabalhadores sem carteira assinada permaneceu estável, porém, não há o surgimento de novos postos de trabalhos.
Toda essa crise no mercado de trabalho é apenas um dos resultados da crise econômica que abalou o país. O mercado não terá condições de impulsionar a criação de novas vagas de trabalho enquanto não houver uma melhora significativa neste cenário.
Desalentados
Conforme informou o IBGE, o número de desalentados, que são aquelas pessoas que desistiram de procurar emprego, permaneceu estabilizado se comparado ao trimestre anterior, porém obteve uma alta de 2,9% se comparado ao mesmo período de 2018.
O desemprego havia dado uma trégua, coisa que não acontecia no Brasil há 3 anos, em 2018 a taxa de desemprego fechou o ano em 12,3% , o que representou uma queda de 0,4 ponto percentual, se comparado a 2017.