Diego Cordeiro Pierre, de 34 anos, já tinha sua prisão preventiva decretada há algum tempo e somente agora, na última quinta-feira (14), ele foi capturado pela Polícia. O homem foi preso na Baixada Fluminense e era procurado pelo crime de perigo de contágio de moléstia grave e doença incurável. A prisão preventiva que já havia sido decretada pelo juizado responsável por este tipo de crime foi executada por policiais civis da 66ª DP (Piabetá), no município de Magé.
A verdade é que o homem, quando foi preso, já apresentava sinais de Aids. Ele já estava com visível magreza, além de tuberculose e herpes.
O homem já estava infectado com HIV desde 2008 e desta data até agora, ele já teria infectado seis vítimas, com quem se relacionou sexualmente ao longo destes mais de 10 anos.
Ex-mulher de Diego morreu em decorrência do vírus HIV
Segundo o relato da polícia ao site do jornal Extra, em 2012, a primeira esposa do homem (L.F.S.L), morreu em decorrência do vírus. Segundo familiares da mulher, Diego teria falsificado exames de sangue e negou que seria portador de HIV. A morte aconteceu em 16 de junho. Assim que a mulher morreu, o homem ainda teria se relacionado com outras cinco mulheres, todas elas, inclusive, teriam sido infectadas. A polícia ainda diz que ele negou estar doente para todas elas, o que caracterizaria o crime.
Mesmo assim, somente depois de 10 anos após descobrir que estava infectado, uma mulher decidiu registrar o caso. A última ex-mulher de Diego descobriu que estava doente e em agosto de 2018. A relação dos dois teria começado em abril de 2017 quando o homem passou a morar com sua sexta companheira, S.F.C.S. (30 anos), para quem igualmente omitiu ser soropositivo.
Assim que identificou a doença, ela procurou a polícia para fazer um Boletim de Ocorrência contra o homem, que foi preso em Duque de Caxias.
Doente, assim que o suspeito foi preso, ele foi encaminhado para uma unidade de saúde penitenciária, já que ele apresentava visível debilidade física.
Os 'carimbadores'
Há cerca de três anos, o "Fantástico", da Rede Globo, fez uma longa reportagem com detalhes do "clube do carimbo", grupo formado por pessoas que transmitiam o vírus da Aids de propósito.
As pessoas contaminadas, normalmente muito bem apessoadas e conhecidas como os "carimbadores", convenciam seus parceiros sexuais a transarem sem camisinha. O único objetivo era contaminar outras pessoas. A reportagem da Globo chegou a descobrir que os "carimbadores" trocavam mensagens em grupos secretos e incentivavam a transmissão do vírus.