Na manhã desta terça-feira (19), a Polícia apreendeu um adolescente considerado suspeito de ajudar no planejamento do ataque à Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, na Grande SP. O jovem de 17 anos será encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) e na sequência levado ao Fórum da cidade.

O jovem será internado provisoriamente por 45 dias e esse prazo poderá ser prorrogado de acordo com os laudos de sanidade, depoimentos dele e outros fatores.

Na última quinta-feira (14) o jovem se apresentou à Justiça, porém negou que tenha tido qualquer envolvimento com o massacre que deixou 7 mortos na escola em Suzano.

Entretanto, as investigações continuaram e a polícia fez uma análise minuciosa nos aparelhos telefônicos e descobriu conversas entre ele e os dois assassinos que mostram como o plano foi idealizado.

O ataque

Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique Vieira, de 25 anos, invadiram a escola Raul Brasil no dia 13 de março. A ação resultou em 10 mortes, incluindo os próprios assassinos.

As investigações mostram que após o ataque o atirador mais novo assassinou seu colega e na sequência cometeu suicídio. De acordo com a polícia existia um pacto entre os dois que eles iriam suicidar após realizar o massacre.

Merendeira ajuda a esconder 50 crianças

No momento em que a merendeira Silmara Cristina Silva de Moraes, de 54 anos, viu que o perigo era iminente, teve a atitude de abrir a porta da cozinha e tentar colocar para dentro o maior número de crianças.

No total, sua atitude fez com que cerca de 50 crianças se escondessem na cozinha. Em seguida, com a ajuda de colegas ela fez uma barricada usando freezer e geladeira para impedir que os atiradores invadissem o local.

Garota usa técnica de jiu-jítsu para lutar contra atirador

Rhyllary Barbosa, de 15 anos, foi muito corajosa ao lutar contra um dos atiradores.

A garota abriu a porta para que os alunos fugissem da escola. Ela não imaginava que haviam dois atiradores. A jovem partiu para cima do assassino quando ficou frente a frente com ele e os dois entraram em luta corporal. Em determinado momento o assassino tentou derrubar a jovem com uma rasteira, entretanto, ela que é praticante de jiu-jítsu sabia que em uma briga ela precisava manter o calcanhar firme, ou então poderia ser derrubada com uma rasteira. A garota levou murros, puxões no braço e puxões de cabelo. Porém, saiu como vitoriosa e é uma das sobreviventes do massacre em Suzano.