Os atiradores Luiz Henrique de Castro e Guilherme Taucci Monteiro, que mataram oito pessoas na Escola Estadual Professor Raul Brasil, na cidade de Suzano (SP), na última quarta-feira (13), costumavam frequentar juntos uma lan house onde participavam de jogos de combate online. A lan house em questão era próxima à casa dos acusados. Uma equipe de policiais e peritos foi até o local preferido dos criminosos, onde foi constatado que eles teriam uma preferência pelo computador de numero nove, que posteriormente foi recolhido e levado para analise dos peritos.

Tatiane Mota, 27, que trabalhou na lan house onde os rapazes iam frequentemente afirmou que eles não costumavam interagir com outras pessoas que também frequentavam o local. Ela conta ainda que conhece a dupla, mas que não tinha amizade com eles. Hoje ela é frequentadora da lan house também, mas relata que os conhecia apenas de atendê-los pelas várias vezes que eles voltavam ao local. Ela ainda relata que os rapazes tinham jogos que costumavam jogar mais vezes em suas idas a lan house, entre eles está o conhecido CS (Counter Strike), Call Of Duty ou Mortal Kombat, os dois primeiros sendo jogos que utilizam armas para completar missões. Tatiane conta que a última vez que Guilherme e Luiz Henrique estiveram na lan house foi no dia 22 de fevereiro, mas ficaram apenas dez minutos e foram embora.

A ex-atendente da lan house conta que os rapazes sempre que iam até lá, iam juntos, e também compartilhavam um pingente de colar, com uma cruz com o desenho de uma suástica nazista. A policia investiga ainda se eles poderiam ter planejado o crime em um fórum de um dos jogos preferidos por eles, Call Of Duty, onde faziam parte ativamente.

Os investigadores estão ouvindo os pais a respeito dessa questão, por suspeitarem que poderia ter ligação com o massacre na escola.

Luiz enganou o próprio pai para participar do massacre

Na última terça-feira (13), ele e seu pai acordaram cedo e se dirigiram até a estação de trem para poderem ir trabalhar juntos. Os dois são auxiliares de serviços gerais e prestam trabalhos como recolhimento de entulhos e capinagem.

Luiz disse ao seu pai que estava febril e com dor de garganta, e, por isso, precisava voltar para casa. Entretanto, ele nunca voltou para casa. Juntamente com Guilherme Taucci Monteiro ele invadiu a escola e assassinou 7 pessoas. No total, 10 pessoas morreram incluindo os atiradores.

Merendeira salva 50 crianças

Silmara Cristina Silva de Moraes, de 54 anos, trabalha como merendeira na escola em que o massacre aconteceu. Ao perceber a situação, ela decidiu abrir a porta da cozinha e com a ajuda de amigos de trabalho fez com que 50 crianças entrassem e em seguida fechou a porta. Para tentar impedir a entrada dos atiradores, ela e os demais funcionários arrastaram freezer e geladeira e fizeram deles uma barricada. Eles também usaram uma mesa para tentar proteger as crianças.