Principal acusado pela morte do jogador Daniel, em outubro do ano passado, o empresário Edison Brittes foi transferido de presídio nesta sexta-feira (8), após um bilhete com uma proposta de fuga de um outro preso ter sido encontrado em sua cela. Ele foi levado da Casa de Custódia de São José dos Pinhais para a Casa de Custódia de Curitiba.

De acordo com informações passadas pela defesa de Brittes, o manuscrito foi achado no momento em que o acusado estava fora da cela em razão de ter ido acompanhar as primeiras audiências de instrução do caso. Ainda segundo seus advogados, o empresário não chegou a ler a mensagem contida no bilhete, interceptado antes que pudesse chegar até ele, e só soube da existência das mensagens quando foi chamado a dar explicações.

Os advogados de Brittes disseram ainda que o acusado não tinha a intenção de fugir. Já o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) disse que a transferência, feita por volta das 10 horas da manhã, se deu por razões de "precaução e segurança”. Antes da transferência, Edison ficou sete dias isolados de outros presos.

Em entrevista ao portal UOL, Cláudio Dalledone Júnior, um dos advogados de Brittes, disse que nos últimos dias foram encontrados alguns bilhetes com ofertas de fuga, mulheres e aparelhos celulares. Delladone explica que os presos imaginam que Brittes possua muito dinheiro. “Ele foi muito castigado, embora não tenha tido sequer acesso aos bilhetes”, explica.

Relembre o caso

Emprestado ao São Bento pelo São Paulo, Daniel aproveitou o fato de não ter sido relacionado pelo time sorocabano diante do CRB para ir até Curitiba, onde iria a festa de aniversário de Allana Brittes, que estava comemorando 18 anos.

De lá, ele seguiu com outras pessoas até a casa da jovem, em São José dos Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense, onde continuaram as comemorações. Já pela manhã, o jogador teria sido flagrado por Edison Brittes com sua esposa no quarto.

Daniel, de acordo com depoimentos, teria sido espancado dentro da casa e depois levado para uma área de mata, onde foi morto e teve seu órgão genital mutilado.

Em depoimento à Polícia Civil e também em entrevista a um canal de TV, Edison admitiu ter matado o atleta e disse que fez isso em defesa da mulher.

Além de Brittes, outras cinco pessoas seguem presas, incluindo a filha Allana e a esposa Cristina. Ygor King, David Vollero e Eduardo Henrique da Silva são os outros detidos.